O interior da basílica de Nossa Senhora e Santo António apresentará os ornamentos encomendados nos reinados de D. João V e D. João VI, como revestimentos de varandim e frontais de altar.

Estes panos de aparato estarão patentes na basílica a partir do próximo domingo até ao dia 04 de novembro, quando é celebrada outra pontifical, desta feita pelo cardeal Raymond Leo Burke, recentemente nomeado juiz do Tribunal da Assinatura Apostólica.

A missa, na forma ordinário do rito romano, no dia 04 de novembro, às 14:30, é acompanhada pelos seis órgãos da basílica, e pelo coro do Instituto Gregoriano de Lisboa, o que acontece pela primeira vez desde 1806, realçou à agência Lusa Tiago Henriques, escrivão da RISSM.

Segundo a mesma fonte, os panos históricos fazem parte das coleções do Museu do Palácio de Mafra e são colocados de 17 em 17 anos, sendo postos este ano, “dada a excecionalidade do tricentenário do lançamento da primeira pedra pelo rei D. João V”.

A programação do próximo domingo inclui ainda duas conferências, às 15:00 e às 15:30, respetivamente, “Mãos à obra: a atividade do pintor do século XVIII”, por Agnés Le Gac e Helena Pinheiro de Almeida, e “Desvendando os mistérios das lunetas de Mafra”, por Agnés Le Gac, seguida de um debate.

Do programa celebrativo faz parte a apresentação da obra “Mafra Sacra - Memória e Património”, que conta com a colaboração de vários investigadores, entre os quais Teresa Leonor Vale e José de Monterroso Teixeira, às 16:30, no salão nobre da Câmara Municipal de Mafra.

A obra, de 462 páginas, é apresentada pelo cardeal-patriarca, autor do prefácio, e pelo presidente da câmara de Mafra, Hélder de Sousa Silva, e, segundo a RISSM, ”a totalidade dos lucros da venda será aplicada nas intervenções de conservação e restauro de património cultural existente na Real Basílica de Nossa Senhora e de Sto. António, das quais em devido tempo será divulgada informação”.

O Real Edifício de Mafra, que inclui convento, basílica e palácio, além da tapada, foi mandado construir por D. João V, em cumprimento de um voto para obter sucessão e, segundo a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), “é o mais importante monumento do barroco em Portugal”.

Construído em pedra lioz da região oeste, o edifício ocupa uma área de cerca de quatro hectares, compreendendo 1.200 divisões, mais de 4.700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões, segundo dados da DGPC, que remata: “Tal magnificência só foi possível devido ao ouro do Brasil, que permitiu ao monarca pôr em prática uma política mecenática e de reforço da autoridade régia”.

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