Xi apelou ao diálogo como forma de resolver a crise na península, um dia depois de Trump ter afirmado que está preparado para “resolver o problema da Coreia do Norte” de forma unilateral e sem a ajuda da China, o principal aliado de Pyongyang.

O presidente chinês disse que Pequim continua comprometido com a desnuclearização da península coreana e que quer manter a paz e a estabilidade na região.

Xi afirmou ainda querer manter a coordenação com Trump para lidar com a escalada de tensões, após repetidos lançamentos de mísseis balísticos por parte de Pyongyang e do envio do porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson para águas próximas da Coreia do Norte.

Os líderes falaram ainda do conflito sírio e Xi assegurou que o uso de armas químicas é “inaceitável”.

O líder chinês defendeu, porém, a “via política” para solucionar a crise síria, uma semana depois de Trump ter lançado um ataque aéreo contra o regime de Bachar al Asad, numa represália pelo ataque químico perpetuado contra civis no norte do país.

Xi Jinping sublinhou o papel mediador das Nações Unidas, afirmando esperar que o Conselho de Segurança se mostre “unido”, num momento de clara divisão entre os seus membros.

A chamada entre Xi e Trump foi feita poucos dias após ambos os líderes se reunirem na Flórida, no resort Mar-a-Lago, propriedade privada de Trump.

O líder chinês considerou que a cimeira na Flórida teve “grande êxito” e assegurou que foram alcançados acordos “importantes”, assinalou a CCTV.

Um dos resultados da reunião foi o anúncio de um plano de ação de cem dias sobre o comércio entre EUA e China, as duas maiores economias do planeta.

Os EUA têm um déficit comercial de 310 mil milhões de dólares com a China.

Durante a campanha eleitoral, Trump acusou a China de “violar a economia americana” e “roubar” milhões dos seus postos de trabalho.

Na semana passada, antes do encontro com Xi, o líder norte-americano repetiu que “durante muitos anos” os Estados Unidos fizeram “horríveis acordos comerciais com a China”.

Durante o encontro com Xi, Trump aceitou ainda o convite para visitar a China este ano.

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