“O Egito é um país soberano. Peço a todos que respeitem a sua soberania e o seu estatuto. Não estou a dizer isto por orgulho, mas (o Egito) é um Estado muito forte que não pode ser tocado”, disse Abdelfatah Al Sisi num discurso na abertura da Exposição Internacional da Indústria.

Segundo o chefe de Estado egípcio, os drones que atingiram as cidades de Taba e Nuweiba, no Sinai, foram abatidos, sem çrecisar mais pormenores.

O exército indicou que os drones foram lançados a partir do sul do mar Vermelho, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita culpou os rebeldes houthi no Iémen, apoiados pelo Irão, acrescentando que o ataque tinha como alvo Israel, mas foi intercetado por um navio de guerra norte-americano.

“Não interessa de onde vieram”, disse Al Sisi, que voltou a avisar que “o prolongamento do conflito não beneficiará ninguém na região do Médio Oriente”, antes tornando-se numa “bomba-relógio que prejudicará a todos”.

De acordo com o exército egípcio, pelo menos seis pessoas ficaram feridas quando um drone atingiu, na sexta-feira, um centro hospitalar nas proximidades da cidade fronteiriça israelita de Taba.

Algumas horas mais tarde, um “objeto estranho” aterrou numa zona deserta da cidade turística de Nuweiba, cerca de 70 quilómetros a sul de Taba, sem causar vítimas.

Os houthis iemenitas avisaram em várias ocasiões que “não ficarão de braços cruzados perante a guerra genocida” em Gaza, advertindo que “ultrapassar as linhas vermelhas obriga o Iémen a cumprir o seu dever religioso e de princípio”, mas até agora não reivindicaram a ação.