“Quando falamos da Rússia, é sensato tomar como exemplo o Presidente (norte-americano Ronald) Reagan, que, nas suas negociações com o seu [então] homólogo russo, Mikhail Gorbatchev, costumava seguir o ditado ‘confie, mas verifique’. Com o presidente Putin, o meu conselho é ‘cooperem, mas estejam alerta'”, declarou May.
A chefe do Governo britânico falava em Filadélfia, nos Estados Unidos, numa reunião de parlamentares republicanos.
Theresa May também sublinhou a importância das instituições internacionais, entre as quais as Nações Unidas e a NATO, criticadas em várias ocasiões por Donald Trump.
“As Nações Unidas precisam de ser reformadas, mas continuam a ser vitais”, afirmou Theresa May, defendendo igualmente o papel do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e a importância crucial da NATO, que considerou a “pedra angular da defesa do Ocidente”.
Apelou, no entanto, aos aliados dos Estados Unidos para “desempenharem o seu papel”, num apoio às críticas de Donald Trump, que argumenta que os Estados Unidos contribuem de forma desproporcionada para os organismos internacionais.
Theresa May encontra-se na sexta-feira com Donald Trump, tornando-se no primeiro dirigente estrangeiro a reunir-se com o novo Presidente norte-americano, exatamente uma semana após este tomar posse.
No domingo, a chefe do Governo britânico afirmou que, no encontro, tenciona discutir a importância da NATO e um eventual futuro acordo de comércio livre.
Apesar da vertente protecionista da nova administração norte-americana, a primeira-ministra britânica referiu, em declarações à estação pública britânica BBC, que a equipa de Donald Trump está interessada em discutir um novo acordo de comércio com o Reino Unido.
O convite a May foi encarado no Reino Unido como uma afirmação de que Trump valoriza a “relação especial” entre os Estados Unidos e o seu aliado de longa data do outro lado do Atlântico.
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