André Ventura foi o último líder partidário a reunir-se hoje com o Presidente da República . O líder do Chega, que chegou 20 minutos atrasado ao Palácio de Belém, começou por dizer que agradeceu a Marcelo Rebelo de Sousa pela preocupação que demonstrou com a sua saúde, durante a campanha.

Ventura admite que os resultados eleitorais ainda não são garantidos, mas diz acreditar que o Chega vencerá nos círculos eleitorais da emigração "como tudo indica".

O líder do Chega relembrou, em declarações aos jornalistas, alguns dos pilares do partido, como o combate à "subsídio-dependência" e à "imigração descontrolada".

André Ventura acusou Luís Montenegro de governar com o Partido Socialista e garante que, pela vontade dos portugueses, será líder da oposição, "se tudo se confirmar".

“Apresentaremos um governo alternativo e assumiremos o nosso estatuto de líder da oposição, mas não deixaremos que o país caia numa nova crise política e procuraremos ser um farol e um garante da estabilidade em Portugal, mas não da estabilidade a qualquer custo”, afirmou.

Pedro Nuno Santos reuniu esta tarde com o Presidente da República, em Belém. Em declarações aos jornalistas, à saída da reunião, o secretário-geral do PS afirmou que apesar de ser uma despedida da sua parte, desejava o melhor para o país, dizendo sempre ter mantido boas relações com Marcelo Rebelo de Sousa.

"Foi uma boa reunião", disse, nas breves declarações que fez esta tarde.

Luís Montenegro saiu em silêncio da primeira audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, depois das eleições. O primeiro-ministro reuniu esta manhã com o Presidente da República para sondar a vontade de viabilizar o novo governo eleito.

Respondendo apenas que o encontro decorreu de forma normal, Luís Montenegro disse apenas: "Boa tarde e continuação de bom trabalho", ao passar na Sala das Bicas.

Marcelo Rebelo de Sousa acredita que não há motivos para que haja desentendimentos. No entanto, o Presidente da República põe a hipótese de voltar a reunir com os três grandes partidos na próxima semana.