Na síntese de execução orçamental até fevereiro divulgada hoje, a Direção-Geral de Orçamento (DGO) revelou que as Administrações Públicas registaram um défice de 18,9 milhões de euros até fevereiro, depois do excedente de 131,8 milhões de euros registado no mesmo período de 2016, tendo o Estado arrecadado 8.754,3 milhões de euros em impostos até fevereiro, menos 3,1% do que o registado no mesmo período de 2016, embora haja fatores que limitam a comparação no período homólogo.

“Temos a receita fiscal a crescer acima do orçamentado e isso são dados muito positivos. Também temos a despesa controlada, quase não cresceu”, destacou o deputado do PS João Galamba, em declarações à agência Lusa.

Segundo o deputado socialista, “estes são indicadores que demonstram que este exercício orçamental de 2017 pode repetir o sucesso do exercício de 2016”.

“Vemos como muito positivos porque vemos a continuação da melhoria do défice orçamental e, sobretudo, um forte crescimento das receitas fiscais que confirmam que a aceleração da economia do segundo semestre de 2016 se mantém no início de 2017”, destacou.

João Galamba aproveitou ainda para destacar que a UTAO publicou também hoje a análise aos números divulgados pelo INE da semana passada relativa ao défice de 2,1%, na qual “desautorizou categoricamente Assunção Cristas e Pedro Passos Coelho que têm tentado desvalorizar os resultados conhecidos a semana passada”.

“O que a UTAO nos veio dizer é que mesmo sem nenhuma medida extraordinária e sem efeitos irrepetíveis o défice fica em linha com o que estava previsto no orçamento, que é 2,4% do PIB”, evidenciou.

De acordo com a nota rápida sobre as contas nacionais das administrações públicas à qual a agência Lusa teve acesso, “em 2016, o défice das administrações públicas em contabilidade nacional ascendeu a 3,8 mil M€, fixando-se em 2,1% do PIB” e “excluindo operações de natureza one-off o défice cifrou-se em 4,4 mil M€, o que corresponde a 2,4% do PIB”.

“Essas tentativas de Passos Coelho e Assunção Cristas de tentar transformar um resultado histórico do país em algo não assim tão relevante não tem qualquer fundamento, foram desautorizadas pela UTAO e são desautorizadas por qualquer pessoa que faça uma análise mais fina do Orçamento do Estado”, assinalou.

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