Os homens, de 61, 56, 35 e 26 anos, são suspeitos de, acompanhados por um grupo superior a 15 pessoas, terem desferido socos e pontapés num homem de 19 anos, numa noite de março de 2021, em Olhão (Faro), tendo depois cercado uma viatura da GNR em que a vítima se encontrava para a retirar de lá, lê-se numa nota da Procuradoria da Comarca de Faro.

Segundo o Ministério Público de Faro, para evitar as agressões, “a vítima fugiu em corrida”, mas foi perseguida pelos arguidos e restante grupo, tendo encontrado, durante a fuga, uma patrulha da GNR num carro caracterizado e com os militares fardados.

“A vítima pediu auxílio à patrulha, a qual face às escoriações daquela e à aproximação dos arguidos e do grupo, mandou a vítima entrar para o banco traseiro da viatura da GNR”, lê-se na nota, referindo-se ainda que, quando a patrulha se preparava para abandonar o local, os arguidos e os restantes elementos do grupo cercaram a viatura.

“[…] Abriram as portas traseiras, tiraram a vitima do interior desta e com a vítima prostrada no solo agrediram-na a soco, a pontapé, e posteriormente um dos arguidos imobilizou-a com uma técnica de domínio físico conhecida por ‘mata leão'”, é acrescentado.

Os militares saíram da viatura para tentar controlar a situação, mas foram impedidos pelo grupo, tendo um dos militares, “face ao iminente desfalecimento da vítima e à impossibilidade de chegar junto a esta”, efetuado disparos para o ar, sendo, de seguida, agredido por um dos arguidos.

“No ínterim, a vítima conseguiu fugir, os militares entraram na viatura e pediram auxílio à Polícia de Segurança Pública (PSP) que enviou dois carros-patrulha”, sendo que os elementos desta polícia foram recebidos “à pedrada e com insultos por parte dos arguidos e outros indivíduos não identificados”, lê-se na nota.

As pedras atingiram um agente da PSP e danificaram as viaturas, não tendo sido possível identificar os outros elementos do grupo, é ainda indicado.