O chamado Comité de 1922, formado por deputados sem responsabilidades no governo, vai primeiro escolher uma nova direção e depois estabelecer o calendário para o processo, com o objetivo de o Reino Unido ter um novo primeiro-ministro no início de setembro.

Enquanto esta corrida para a liderança continua, Johnson permanece em funções, apesar de ter sido forçado a renunciar à liderança do Partido Conservador na quinta-feira passada devido à demissão em série de mais de 50 membros do próprio Executivo.

Embora o processo ainda não tenha começado formalmente, pelo menos nove candidatos já confirmaram que vão avançar e lançaram as respetivas campanhas, com cortes fiscais como uma das principais promessas.

Os organizadores da eleição estão a antecipar mais candidatos, um afluxo que poderá levar o comité a apertar as regras em termos do volume de apoios ou de votos requeridos para acelerar o processo.

O tesoureiro do Comité de 1922, Geoffrey Clifton-Brown, afirmou à rádio LBC no domingo que está confiante de que esta fase será concluída até 20 de julho, antes das férias parlamentares de verão.

De acordo com o jornal Daily Telegraph, o prazo para as candidaturas deverá fechar na terça-feira e a primeira volta de votação reservada aos deputados conservadores poderá realizar-se já na quarta-feira, seguindo-se mais rondas noutros dias até restarem apenas dois finalistas.

O vencedor é depois escolhido numa segunda fase pelo universo dos quase 200.000 militantes do partido Conservador por voto postal, sendo o anúncio esperado para 05 de setembro, adiantou o mesmo jornal.

Enquanto líder do partido Conservador, que tem uma maioria absoluta na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, o sucessor de Boris Johnson pode ser nomeado primeiro-ministro pela rainha Isabel II sem a necessidade de eleições legislativas.