O ponto de encontro estava marcado para as 16:00 na Praça da Figueira, paragem de partida do elétrico 15, que termina em Algés. O elétrico que o candidato e respetiva comitiva deveriam apanhar, às 16:15, tinha avariado e foi substituído por um autocarro. Assim sendo, Ricardo Robles entrou apenas no seguinte, já passava das 16:30.

Já dentro do elétrico, uma senhora, que esteve “uma hora à espera”, desabafou que “isto está intratável e a informação é muito deficiente, diz que vem e depois não vem”, queixando-se também da falha notória no ar condicionado.

A viagem até Belém, que durou cerca de 45 minutos, “foi um sofrimento de uma ponta à outra”, considerou o candidato, aludindo ao “calor insuportável” [dentro do equipamento] e ao tempo de espera e de viagem, que “foi demasiado”.

Durante o percurso, uma turista norte-americana reconheceu-o dos cartazes espalhados pelas ruas de Lisboa. “Achei que não era real, é tão bonito”, disse-lhe. A turista estava acompanhada do marido e da filha, que quis tirar uma ‘selfie’ com o candidato, tendo a própria acabado registar com o telemóvel o rosto do homem que pensava não ser real.

No Dia Europeu sem Carros, que hoje se assinala, Ricardo Robles quis dedicar parte do dia à “questão da mobilidade, um dos pilares fundamentais de Lisboa”. “Queríamos destacar a importância da Carris no dia-a-dia das pessoas e a experiência que temos é que a Carris não é confiável como meio de mobilidade”, afirmou.

O candidato entende que a transportadora “neste momento não é uma alternativa para os lisboetas, afasta os passageiros”.

Para Ricardo Robles, “a aposta na recuperação da Carris tem de ser uma prioridade”. O candidato do BE voltou a sublinhar que a transportadora “nos últimos seis meses, já na gestão municipal, continua a perder passageiros”.

“É preciso recuperar o serviço público, garantir que há melhores equipamentos, autocarros, elétricos, mais motoristas, para que as pessoas possam voltar a acreditar no serviço da Carris e a andar de transportes públicos”, defendeu.

Considerando que “faz todo o sentido” que o elétrico 15 se mantenha, reiterou que “o prolongamento da rede de metro para a zona ocidental tem que ser uma prioridade”.

Quanto ao elétrico 15, Ricardo Robles referiu ainda que “há promessas antigas por cumprir”. “O prolongamento do 15 até ao Parque das Nações está no programa do PS [que preside atualmente à Câmara de Lisboa] de 2007 e volta a estar em 2017”, recordou.

No Largo da Princesa, em Belém, o candidato pegou em pincéis e ajudou a compor um pequeno mural do BE onde se lê: “Em Belém tem de haver Metro”.

Nas eleições de 01 de outubro concorrem em Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).