“O regime de Kiev efetuou um ataque terrorista contra infraestruturas residenciais na cidade de Taganrog utilizando um míssil de defesa antiaérea S-200 convertido em versão de ataque [ao solo]”, declarou o Ministério da Defesa russo no Telegram.

“Os sistemas de defesa antiaérea russos detetaram o míssil ucraniano e intercetaram-no em voo”, acrescentou o ministério, precisando que os fragmentos “caíram no território de Taganrog”, cidade russa situada nas margens do mar de Azov.

Vassili Golubev, o governador da região de Rostov, onde se situa esta cidade de 250.000 habitantes, indicou que pelo menos 15 pessoas ficaram feridas perto de um café.

“De momento, 15 pessoas (…) foram ligeiramente feridas por estilhaços de vidro”, disse no Telegram.

O Exército russo abateu de seguida um segundo míssil perto de Azov, cerca de 40 quilómetros a leste de Taganrog, sem fazer vítimas. “Os fragmentos do míssil ucraniano caíram numa zona deserta”, precisou no Telegram.

Taganrog está situada a 50 quilómetros da fronteira ucraniana, na estrada que conduz ao porto de Mariupol, ocupado pelas forças russas em 2022 após um prolongado cerco.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, segundo a ONU, a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.