Em comunicado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde dá conta da forma como vão operar os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia em todo o país durante o primeiro trimestre de 2023.

De referir que nenhuma das 38 maternidades do país irá encerrar, mas várias na região de Lisboa e Vale do Tejo vão funcionar de forma alternada. Também no Algarve o Hospital de Portimão irá ter condicionamentos.

Recorde-se que em setembro de 2022, por meio de um relatório, a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, criada por Marta Temido, na altura ministra da Saúde, sugeriu encerrar seis maternidades no país: Póvoa de Varzim, Famalicão, Guarda, Castelo Branco, Barreiro e Vila Franca de Xira. Contudo, sabe-se agora que tal não será assim.

A decisão agora tomada — e que já era esperada desde o início do ano — vem contrariar essa sugestão e mantém abertas todas as unidades de atendimento a grávidas no Serviço Nacional de Saúde.

Na Região Norte, todos os 13 blocos de partos de partos estarão a funcionar de forma ininterrupta no primeiro trimestre deste ano, nomeadamente as maternidades de Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Penafiel, Porto (Hospital de São João e Centro Hospitalar Universitário do Porto), Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira.

Na Região Centro estarão os sete blocos de partos a funcionar sem interrupções, nomeadamente as maternidades de Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria, Guarda, Castelo Branco e Covilhã.

Na Região Lisboa e Vale do Tejo, vão ser constituídas "grandes áreas de atuação, de forma a garantir proximidade para os utentes e articulação funcional entre as instituições".

Assim, quatro blocos vão funcionar de forma ininterrupta (Hospital Santa Maria, Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Cascais e Hospital Garcia de Orta, em Almada) e outros nove terão abertura alternada (Caldas da Rainha, Abrantes, Santarém, Vila Franca de Xira, Hospital S. Francisco Xavier, Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca – Amadora Sintra, Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, Hospital São Bernardo, em Setúbal e o Centro Hospitalar do Barreiro Montijo).

Durante os fins-de-semana, o Hospital S. Francisco Xavier , alterna o acesso com o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Amadora-Sintra. Da mesma forma, o Hospital Beatriz Ângelo alterna o acesso com o Hospital de Vila Franca de Xira. O Centro Hospitalar Barreiro-Montijo alterna o acesso com o Centro Hospitalar de Setúbal. Já o Hospital Distrital de Santarém alterna o serviço com o Centro Hospitalar do Oeste (Hospital das Caldas da Rainha) e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Abrantes).

Na Região do Alentejo, os três blocos de partos da região vão funcionar sem interrupções no primeiro trimestre, nomeadamente nos hospitais de Évora, Portalegre e Beja.

Na Região do Algarve, o hospital de Faro ira funcionar de forma ininterrupta, já Portimão terá condicionamentos em vários fins de semana deste primeiro trimestre.

A tabela abaixo, fornecida pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, detalha o previsto para cada uma das regiões.