Após uma reunião esta sexta-feira em que o Presidente dos Estados Unidos da América ficou a saber que a sua reforma do sistema de saúde continuava a não reunir apoios suficientes, mesmo dentro do próprio partido, Donald Trump fez marcha atrás e retirou a proposta de reversão do Obamacare das pautas de votação.

Uma hora antes do horário previsto para a votação do projeto de lei que substituiria o plano de saúde desenvolvido durante os ano em que Barack Obama esteve na Sala Oval, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, foi à Casa Branca informar Trump que o texto não seria aprovado.

"Falei com o presidente às 15h00 de hoje e o Presidente pediu a Paul Ryan para retirar o projeto de lei", afirmou fonte do Congresso.

A votação original desta proposta teria como data o dia de ontem, mas a falta de consenso entre conservadores levou a um adiamento.

Essa alteração terá causado mau estar no seio presidencial, tendo Donal Trump enviado a Mick Mulvaney, diretor do Gabinete de Orçamento da Casa Branca, uma mensagem para advertir a bancada republicana na câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos de que o Presidente estaria disposto a manter a lei de Obama caso hoje não houvesse acordo.

Com os democratas unidos no objetivo de impedir a revogação do Obamacare, se pelo menos 22 republicanos votarem contra a proposta de lei, o diploma não conseguirá os 216 apoios de que precisa para ser aprovada.

Os 430 membros da Câmara dos Representantes (193 democratas e 237 republicanos) deveriam ter feito a votação cerca das 19:30 de Lisboa.

Recorde-se que a reforma do sistema de saúde era uma das grandes promessas eleitorais de Trump.

[Notícia atualizada às 20h55]