De acordo com um Eurobarómetro feito entre outubro e novembro, a maioria dos cidadãos europeus inquiridos quer que os 27 continuem a apoiar a Ucrânia, conclui a Comissão Europeia, sem indicar valores.

Questionados sobre os dois principais problemas que a UE tem hoje, 28% apontam a guerra na Ucrânia e a imigração, assim como a incerteza internacional (24%) e a inflação (20%).

O inquérito feito também indica que 70% dos inquiridos consideram que fazer parte da UE é sinónimo de estabilidade face a um mundo conturbado. E 61% dos cidadãos europeus estão otimistas em relação ao futuro da União Europeia.

Em relação a Portugal, 96% dos inquiridos querem uma UE “mais independente” e 91% têm uma perceção positiva do bloco comunitário.

O apoio à Ucrânia para responder à invasão russa arrecada 89% de aceitação pelos inquiridos, no que diz respeito à ajuda humanitária, 84% concordam com o acolhimento de ucranianos que fugiram da guerra, 72% acham bem o apoio económico-financeiro e as sanções aprovadas contra Moscovo.

Em junho do ano passado, a Ucrânia adquiriu o estatuto de país candidato à adesão ao bloco comunitário e 61% dos inquiridos apoiam o convite feito por Bruxelas, assim como o financiamento europeu para comprar e enviar equipamento militar para as Forças Armadas ucranianas (60%).

Olhando para a transição energética, 83% dos inquiridos querem uma UE a reforçar o investimento nas energias renováveis.

Sendo a segurança uma preocupação premente, 75% dos cidadãos europeus que responderam ao inquérito querem o reforço das fronteiras com mais profissionais contratados para o efeito.

O Eurobarómetro foi feito entre 23 de outubro e 17 de novembro, por entrevistas presenciais, a 26.471 pessoas dos 27 Estados-membros, com mais de 15 anos.