Um total de 20 pessoas (10 bombeiros, 4 crianças e funcionários da fábrica) sofreram lesões devido ao excesso de dióxido de enxofre libertado no incêndio de um armazém deste produto tóxico em Mitrena Setúbal. Todas as vítimas já tiveram alta, à exceção de uma criança, que deu esta manhã entrada no hospital, anunciou em conferência de imprensa da DGS, o presidente do INEM, Luís Meira.

Meira esclareceu que as pessoas sofreram "queimaduras nas zonas atingidas" pelo produto e que não é "expectável que existam lesões permanentes". Assim, esta situação encontra-se "tranquila e controlada relativamente a esse aspecto".

Também as concentrações de dióxido de enxofre atualmente registadas estão “abaixo dos limites legais estabelecidos” e “não há risco para a saúde humana”.

O responsável pelo INEM adiantou igualmente que o encerramento das escolas se deveu a uma decisão dos Serviços Municipais de Proteção Civil, pois não existia nenhuma ordem expressa da "Direção Geral de Saúde para encerrar as escolas".

A agência do Ambiente indicou que o "dióxido de enxofre não se acumulou" na atmosfera, levando a que esta contaminação "não seja prejudicial para a agricultura".

Luís Meira referiu ainda que, neste momento, não há emissão de dióxido de enxofre e que não se justificam as medidas de proteção à população, anunciadas na quarta-feira.

Incêndio extinto esta manhã

O incêndio foi hoje declarado extinto às 9:10, segundo informações do comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal à agência Lusa.

"Já concluímos a cobertura de toda a zona ardida com areia para abafar o incêndio, mas vamos permanecer no local mais algumas horas enquanto decorre a remoção do que ainda resta da estrutura metálica dos armazéns", disse Paulo Lamego.

"Agora é preciso fazer a remoção de todos estes resíduos que resultaram do incêndio, mas isso é uma tarefa da empresa", acrescentou o responsável dos sapadores bombeiros, que espera dar a intervenção na Sapec por concluída até ao final da manhã de hoje.

O incêndio nos armazéns de enxofre da Sapec, de origem ainda desconhecida, provocou ferimentos a seis bombeiros - queimaduras e inalação de fumos -, cinco dos quais foram assistidos no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e um no Hospital de São José, em Lisboa, mas já todos tiveram alta.

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