A Dinamarca tornou-se, assim, o décimo país europeu atingido por este caso que começou na Holanda no início deste mês e se estendeu a países como Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, Suécia e Roménia.

“A empresa dinamarquesa Danaeg Products recebeu um total de 20 toneladas de ovos cozidos descascados de um fornecedor belga. Os ovos foram principalmente vendidos a cafetarias, cafés, cantinas e serviços de ‘catering’ e, muito provavelmente, não foram vendidos em grande quantidade para retalho”, precisou a agência, assegurando que os ovos não representam riscos para o consumo humano.

“As amostras analisadas na Holanda mostram vestígios de fipronil nos ovos, embora não em níveis prejudiciais à saúde. Mas como o conteúdo é ilegal, a Danaeg Products deverá reclamar os ovos aos seus clientes”, estipulou o organismo.

Em grandes quantidades, o fipronil, usado para eliminar ácaros e insetos, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Dois administradores da empresa Chickfriend, a companhia holandesa suspeita de ter usado o produto, foram hoje detidos na Holanda, no âmbito da investigação judicial aberta no país e na Bélgica, noticiou a estação de televisão local NOS.

O escândalo rebentou a 02 de agosto, quando a Holanda alertou que tinha encontrado fipronil em vários lotes de ovos, embora a Bélgica tenha detetado a presença da substância tóxica antes, a 20 de julho.

O alerta alimentar estende-se já a dez países europeus, incluindo todos aqueles para onde a Bélgica e a Holanda exportaram ovos desde que foi dado o alarme.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.