“Os terroristas russos visaram deliberadamente a infraestrutura do acordo [para a exportação] de cereais” pelos portos do Mar Negro, afirmou Zelensky na rede social Telegram, acrescentando que pretendia “fortalecer a proteção das pessoas e da infraestrutura portuária” do país para fazer frente a esta ameaça.

Na sua declaração, Volodymyr Zelensky apontou as regiões de Odessa (sul) e Jitomir (oeste) como alvo das forças russas.

Segundo o Ministério para a Reconstrução da Ucrânia, “os terminais de cereais e a infraestrutura portuária dos portos de Odessa e Chornomorsk foram atacados”.

“Os depósitos e as docas do porto de Odessa foram danificados”, de acordo com um comunicado publicado pelo Ministério no Telegram.

A Procuradoria-Geral da Ucrânia declarou, também no Telegram, que se tratou do “maior ataque russo” à região e que “foram danificados terminais de cereais e petróleo”, bem como, em particular, “casas, infraestruturas agrícolas e automóveis”.

Na manhã de hoje, a força aérea Ucraniana afirmou ter destruído 23 dos 32 ‘drones’ lançados pelas forças russas e 13 dos 16 mísseis de cruzeiro Kalibr na região de Odessa, que abriga os três portos pelos quais Kiev poderia, sob o acordo dos cereais que expirou na noite de segunda-feira, exportar os seus produtos agrícolas.

A Rússia decidiu suspender o acordo com o argumento de que as sanções que enfrenta devido à agressão contra a Ucrânia a impedem de cumprir a parte do pacto que também deveria garantir as exportações russas de alimentos e fertilizantes.

No total, esta nova onda de ataques russos provocou pelo menos 12 feridos durante a noite de terça-feira na região de Odessa, segundo o seu governador Oleg Kiper. O Ministério Público contabilizou dez feridos.

O combate corpo a corpo está concentrado no leste do país, onde os exércitos ucraniano e russo estão a combater.

Na terça-feira, dez civis ficaram feridos em bombardeamentos russos, disse hoje o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, no Telegram.