"Tomem uma decisão o mais rápido possível, enviem os vossos aviões", pediu o presidente num vídeo publicado na aplicação Telegram.

A Polónia propôs esta terça-feira entregar aos Estados Unidos os seus aviões de combate para que o país os envie à Ucrânia, mas Washington considerou a proposta "inviável".

John Kirby, porta-voz do Pentágono, afirmou em comunicado que ajudar militarmente a Ucrânia contra o ataque da Rússia "representa importantes preocupações para a NATO no seu conjunto".

A Rússia advertiu que a proposta da Polónia criaria um "cenário potencialmente perigoso".

"Agradecemos a Polónia" afirmou Zelensky nesta quarta-feira, antes de lamentar que nenhuma decisão a respeito tenha sido tomada, no 14º dia da ofensiva russa.

"As propostas polacas não estão a ser apoiadas", lamentou. "Quando haverá uma decisão?", perguntou o presidente ucraniano.

Apenas alguns países do leste da Europa, ex-membros do Pacto de Varsóvia, possuem oficialmente MiG-29 soviéticos, cujas características correspondem às necessidades ucranianas para enfrentar os ataques da Rússia. Alguns Estados-membros da União Europeia, entre eles a Polónia, estão dispostos a oferecer aviões de combate às forças armadas ucranianas, segundo Bruxelas.

Contudo, a maior economia do bloco europeu, a Alemanha, confirmou que não enviará aviões de combate à Ucrânia.

"Colocamos à disposição todo tipo de equipamentos e, como sabem, algumas armas, mas para o resto, temos de pensar muito bem o que estamos a fazer realmente e isso certamente não inclui os aviões de combate", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim durante durante uma conferência de imprensa dada em conjunto com o primeiro ministro canadiano, Justin Trudeau.