O jovem de Sobral de Monte Agraço, de 23 anos, beneficiou na nova tática da W52-FC Porto — autorizar fugas para evitar que os rivais, sobretudo o novo terceiro classificado, o espanhol Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), bonifiquem — e deu a maior das alegrias à Efapel, ao conquistar a primeira vitória da sua equipa nesta edição.

“Para qual ciclista português é que não é [um sonho ganhar uma etapa na Volta a Portugal]? Ainda para mais, com tudo o que tem acontecido à nossa equipa. Trabalhámos todo o dia para isto. Aliás, não houve uma única etapa em que não nos tenhamos esforçado para vencer”, assumiu Antonio Barbio, que chorou assim que cortou a meta, instalada no Santuário da Senhora da Assunção, em Santo Tirso, com o tempo de 4:06.01 horas.

Com a grande dificuldade da jornada reservada para os derradeiros quilómetros dos 161,9 a percorrer entre Lousada e o ponto mais alto do Monte Córdova, 14 aventureiros, entre os quais estavam Barbio, Rui Sousa (RP-Boavista), o camisola da montanha João Matias (LA Alumínios-Metalusa-Blackjack) e Ricardo Mestre (W52-FC Porto), apressaram-se a deixar o pelotão, ao quilómetro sete.

Apanhado de surpresa pela fuga, o Sporting-Tavira foi obrigado a trabalhar na frente do pelotão para reduzir uma diferença que rondou os cinco minutos e que só caiu quando a ‘todo-poderosa’ e omnipresente W52-FC Porto assumiu o comando das operações.

Após sucessivos ataques no grupo da liderança, Mestre, Sousa e Oscar Rodríguez (Euskadi-Murías) perderam o contacto com os seus companheiros de escapada, a cerca de 40 quilómetros da chegada. À entrada para os mais de seis quilómetros de subida ao ponto mais alto de Santo Tirso, António Barbio (Efapel) seguia isolado, com três minutos de vantagem, depois de atacar a 16,6 quilómetros da meta, enquanto lá atrás a sua equipa tentava abrandar o ritmo no pelotão.

No sopé do Monte Córdova, a W52-FC Porto acelerou o passo, com uma efémera colaboração do Sporting-Tavira, mas apenas de modo a atenuar a margem de Barbio, que com a sua vitória quis homenagear o combativo Rafael Silva, o seu companheiro e ídolo, e a impedir que os rivais somassem segundos de bonificação na meta, coincidente com uma contagem de montanha de segunda categoria.

A 500 metros do risco, Gustavo Veloso (W52-FC Porto) demonstrou que o estatuto de homem na sombra do camisola amarela Raúl Alarcón não lhe agrada e arrancou para ser segundo, a 1.07 minutos do vencedor, um resultado que lhe permitiu saltar para o quarto lugar da geral e reduzir a desvantagem para o seu companheiro para 33 segundos.

Atrás do duplo vencedor da Volta a Portugal, chegou García de Mateos, que também bonificou, com Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) e o líder da geral a terminarem logo atrás com o mesmo tempo.

“Acelerei para as bonificações, porque esperava ganhar segundos aqui, infelizmente fiz quarto. Hoje, infelizmente, perdi seis segundos para o Veloso, que é o mais perigoso dos adversários”, lamentou o italiano dos ‘leões’.

Concluída a sétima tirada, Alarcón mantém os 24 segundos de vantagem sobre Nocentini, com García de Mateos a ser agora terceiro, a 30. Amaro Antunes (W52-FC Porto) perdeu quatro segundos e caiu para quinto na geral, a 34 segundos do seu companheiro.

No domingo, cumpre-se a oitava etapa, a última tranquila para os homens da geral, com a ligação entre Gondomar e Oliveira de Azeméis a fazer-se ao longo de 159,8 quilómetros.

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