Num jogo em que o ucraniano Roman Yaremchuk envergou a braçadeira de capitão dos ‘encarnados’ quando substituiu o uruguaio Darwin Nuñez, que chegou aos 20 golos na I Liga ao ‘bisar’ frente aos minhotos, com golos aos 37 e 52 minutos, o segundo na conversão de uma grande penalidade, depois de Gonçalo Ramos ter inaugurado o marcador, aos 23.

O dianteiro ucraniano, muito emocionado, recebeu a braçadeira do central belga Vertonghen, enquanto recebia uma forte ovação dos adeptos no Estádio da Luz, em Lisboa, que entoaram o seu nome, dias depois de a Rússia ter lançado uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos de alvos em várias cidades.

Já na quarta-feira, quando apontou o tento da igualdade na receção aos neerlandeses do Ajax (2-2), da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, Yaremchuk despiu a camisola do Benfica e exibiu o tridente ucraniano [tryzub], símbolo nacional do país.

Depois do encontro, na ‘flash interview’, o internacional ucraniano explicou o gesto, que foi punido com o cartão amarelo [por ter despido a camisola do clube]: “Penso muito sobre esta situação. Tenho medo e quero apoiar o meu país.”

Mais tarde, recorreu às imagens dos seus festejos no encontro da ‘Champions’ para, numa partilha no Instagram, voltar a apoiar os seus compatriotas.

“Sou ucraniano e orgulho-me disso. Estando a milhares de quilómetros do meu país natal, quero apoiar todos os que estão sob tensão na sua terra. Agora, é tempo de nos unirmos. Este é o nosso país, a nossa história, a nossa cultura, o nosso povo e as nossas fronteiras. Gostaria de agradecer aos nossos defensores pela sua coragem. Glória à Ucrânia”, escreveu o avançado do Benfica.

O Benfica, que regressou às vitórias na I Liga após o empate no terreno do Boavista (2-2), segue no terceiro lugar, com 54 pontos, a quatro do campeão Sporting e a nove do líder FC Porto, que hoje recebe o Gil Vicente, enquanto o Vitória de Guimarães, que somou o terceiro desaire seguido, segue no sexto lugar, com 30 pontos.