Os dados, citados hoje pela imprensa chinesa, constam num estudo da firma britânica Thinking-Linking, que comparou os investimentos de firmas de 41 países e concluiu que a China investiu mais do que todas as outras nações juntas.

Entre as maiores operações constam a aquisição de participações nos clubes italianos Inter de Milão e AC Milan, nos ingleses do Manchester City, nos checos do Slavia Praga, nos espanhóis do Atlético de Madrid ou nos franceses do Olympique Lyon.

Segundo o estudo, os investidores chineses procuram equipas de topo e tentam adquirir participações maioritárias.

O caso chinês é também inédito na medida em que o país não investia nada, até 2014, e passou de súbito a ser o maior investidor mundial.

Em 2014, as empresas chinesas investiram 555 ME. No ano seguinte, 1.600 ME e, em 2016, o montante subiu para 1.796 ME.

"É o resultado da ambição da China em converter-se numa grande potência global do futebol, para levar para casa o conhecimento", explicou o porta-voz da Thinking-Linking, Mark Dixon.

Em segundo lugar, surgem os Estados Unidos, com 313 ME investidos na modalidade, enquanto Singapura figura na terceira posição, com 256 ME.

Em quarto e quinto lugares, encontram-se o Irão e Reino Unido, com 253 ME e 182 ME, respetivamente.

Apesar do ‘boom' do dinheiro chinês no futebol mundial, o país figura em 81.º no ranking da FIFA e apenas conta uma participação num mundial, na edição 2002, disputada na Coreia do Sul e Japão.

Na fase final da zona asiática de qualificação para o Mundial de 2018, a seleção chinesa encontra-se no sexto e último lugar do Grupo A.

Pequim espera, no entanto, colocar a seleção chinesa entre "as melhores equipas do mundo até 2050".

No ano passado, Pequim anunciou um "plano de reforma do futebol", que prevê, entre outros pontos, a abertura de 20.000 escolas de futebol, até 2020, e que "mais de 30 milhões de estudantes do ensino primário e secundário pratiquem com frequência a modalidade".