De acordo com o jornal britânico The Observer, o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC, sigla em inglês), órgão que coordena as forças policiais locais, confirmou que 55 clubes foram mencionados nas diferentes investigações do Reino Unido.

O diretor da assistência telefónica criada para as vítimas, que recebeu 860 chamadas numa semana, criada pela principal organização de proteção de menores no Reino Unido (NSPCC), liderados por John Cameron, sentiu que os jovens futebolistas estão agora em perigo.

“Temos algumas informações, algumas alegações de que as crianças podem estar, neste momento, em perigo”, disse Cameron ao Observer.

O ex-jogador Davy Russell, do Charlton Athletic, de 50 anos, disse que enviou uma carta à FA, em 1986, a relatar os abusos sexuais de que foi alvo por parte de Eddie Heath, antigo ‘olheiro’ do Chelsea, e não obteve resposta.

“Eu escrevi uma carta à FA a dizer o que me tinha acontecido. Implorei para investigarem, para não acontecer a outros jovens, mas nunca recebi qualquer resposta “, disse o ex-jogador.

A FA e os clubes ingleses foram acusados de terem encoberto durante décadas inúmeros atos de pedofilia envolvendo um número ainda não determinado de vítimas, mas qua poderá ser superior a 350 de acordo com um relatório divulgado pela polícia.

A 29 de novembro deste ano, Barry Bennell, que treinou clubes como Crewe Alexandra, Manchester City e Stoke City, foi acusado de oito crimes de abuso sexual a um menor de 14 anos, informou a procuradoria de Crown, em Inglaterra, através de comunicado. O ex-técnico de 62 anos já cumpriu três penas de prisão por abuso sexual a menores. No entanto, surgiram outros jogadores a denunciar mais casos. O presidente da Federação Inglesa, Greg Clarke, em declarações à Sky News, referiu-se ao caso como sendo a “pior crise para o futebol inglês de que tem memória”.

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