“Dizemos mais uma vez que estamos de acordo com as conclusões do professor McLaren quanto às atividades da Rusada (agência nacional russa de anti-dopagem) e do trabalho desenvolvido pelo laboratório de anti-doping de Moscovo. Mas estamos convictos de que não se trata de um programa apoiado pelo Estado”, disse o ‘homem-forte’ do desporto russo em declarações à agência russa ‘R-Sport’.

A AMA sublinhou no último domingo que as autoridades russas devem aceitar publicamente os resultados do inquérito Mc Laren, que revelou o funcionamento de um sistema de dopagem de Estado criado em 2011 e que funcionou até 2015, sob supervisão das autoridades russas e com o apoio dos sérvios secretos, nomeadamente durante os Jogos Olímpicos de 2014 em Sochi, na Rússia.

Esta é, de resto, uma das condições postas pela AMA para que a Rusada volte a ser credenciada por aquela agência.

Vitaly Mutko, que foi ministro dos Desportos da Rússia entre 2008 e 2016, repisou a ideia de que não existe qualquer ligação entre as autoridades russas e o trabalho desenvolvido pela Rusada, como é imputada pela AMA.

“A Rusada e o laboratório de Moscovo são independentes e funcionam de acordo com os padrões da AMA, que detém os meios para fazer o controlo”, disse Moutko.

Entretanto, o novo diretor da Rusada, Iuri Ganous, afirmou recentemente que os factos contidos no relatório McLaren são “suficientemente sérios” e que uma das suas principais tarefas da Rusada é “torná-la numa organização independente, que não esteja sob a pressão e a influência de qualquer estrutura governamental ou desportiva”.

O relatório McLaren, publicado em dois capítulos em 2016, fazia menção a um regime de Estado, sob a supervisão do ministro dos Desportos e com o apoio dos serviços secretos e destacava um método de troca de amostras em frascos selados usado durante as Olimpíadas de Inverno de Sochi, em 2014.

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