“Tomei a decisão de abandonar a minha cidadania russa. Não posso e não quero ser associado a um país fascista que provocou uma guerra com um vizinho pacífico e que mata inocentes diariamente”, escreveu Tinkov, na rede social Instagram.

“Espero que outros empresários russos de primeiro plano sigam o meu exemplo, para enfraquecer o regime de (Vladimir) Putin e a sua economia e levá-lo ao fracasso”, acrescentou o fundador do banco em linha Tinkoff, um grande sucesso da designada ‘fintech’ dos últimos anos. o Banco de Portugal define fintech como “entidades que operam no setor financeiro e que têm modelos de negócio baseados em tecnologias inovadoras.”

A mensagem de Tinkov foi acompanhada de uma fotografia de um certificado do consulado russo, a confirmar o fim da sua cidadania russa.

“Detesto a Rússia de Putin, ma samo todos os russos que estão claramente contra esta guerra louca!”, acrescentou Tinkov.

Tinkov fundou o banco Tinkoff, que conheceu um crescimento rápido e em 2020 reivindicou ser o terceiro banco de retalho russo, a seguir aos conglomerados estatuais Sberbank e VTB. Hoje assegura ter cerca de 20 milhões de clientes.

O banqueiro tinha criticado fortemente em abril a “absurda” invasão russa da Ucrânia, apelando aos ocidentais para que ajudassem a acabar com o “massacre”. Esta foi uma das posições mais fortes tomadas na altura por um empresário russo.

Tinkov tinha ido detido em 2020, em Londres, a pedido dos EUA, que o acusavam de fraude fiscal. Depois, foi libertado sob caução e seguiu um tratamento médico, também na capital britânica, devido a uma leucemia.

Ainda em 2020, Tinkov saiu da presidência do banco, depois de este se ter distanciado das suas afirmações contra a invasão russa da Ucrânia.