A notícia é do "The Economic" e cita um estudo que data de 2015 mas que só no início deste ano foi publicado online.

No mesmo, os académicos Loukas Balafoutas, Rudolf Kerschbamer e Matthias Sutter revelam os resultados de uma investigação sobre o conceito de "perigo moral" em economia, que sucintamente resulta do facto de alguém correr mais riscos quando toma conhecimento outra pessoa suporta os custos desse mesmo risco.

A pesquisa envolveu 400 viagens de táxi na cidade grega de Atenas, cobrindo 11 percursos diferentes, em que o denominador comum era a comunicação ao motorista de que o cliente estava a realizar a viagem numa cidade desconhecida. Os investigadores-clientes indicavam aos motoristas que não estavam familiarizados com a cidade e, em metade das viagens, adicionavam outra informação relevante: os seus empregadores iriam suportar as despesas da viagem.

Feita a experiência, os investigadores concluíram que o grupo que indicava que as despesas da viagem seriam por conta da empresa pagaram, em média, 7% a mais pelas viagens (e tinham uma probabilidade de 17% de ser cobrados a mais pelos percursos).

Contudo, revelam as conclusões do estudo divulgadas pelo The Economist, a cobrança excessiva não acontecia devido ao facto de os motoristas optarem por um percurso mais longo. Apesar de uma menor preocupação com os gastos, as pessoas que viagem a despesas da empresa continuam a preocupar-se com o tempo despendido nas viagens. Em vez disso, os passageiros foram sujeitos a taxas suplementares fictícias ou cobrados de acordo com a bandeirada de viagens noturnas por percursos realizados durante o dia.

Adicionalmente, o sexo era também relevante na forma como os taxistas de Atenas tratavam os clientes. As mulheres foram cobradas de forma excessiva mais frequentemente do que os homens. Inclusive, as mulheres eram tendencialmente cobradas em excesso, independentemente de comunicarem que viajavam ou não a despesas dos empregadores. Os autores do estudo acreditam que esta tentação de cobrar em excesso deriva do facto de ser menos provável que as mulheres reclamem pela cobrança.

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