Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) precisa que este é o terceiro trimestre consecutivo em que o rendimento real das famílias ‘per capita’ (por pessoa) cresceu na organização, e o maior aumento trimestral desde o primeiro trimestre de 2021, quando os rendimentos foram impulsionados por programas de assistência relacionados com a pandemia.

Contudo, a OCDE sublinha que, apesar do aumento geral do rendimento real das famílias ‘per capita’,, o cenário foi misto nos países da OCDE no primeiro trimestre.

Dos 21 países para os quais existem dados disponíveis, 11 registaram um aumento, enquanto 10 registaram uma queda, refere a OCDE.

Entre as economias do G7, o rendimento real das famílias ‘per capita’ aumentou em Itália e nos Estados Unidos, enquanto diminuiu no Canadá, França, Alemanha e Reino Unido.

O Canadá registou a maior queda do rendimento real das famílias ‘per capita’ (-2,2%), devido, em parte, a transferências públicas para as famílias inferiores às do trimestre anterior, quando foram efetuados pagamentos adicionais devido ao custo de vida.

Na Alemanha, tanto o PIB real ‘per capita’ como o rendimento real das famílias ‘per capita’ caíram pelo segundo trimestre consecutivo.

Itália registou este maior aumento no primeiro trimestre de 2023 (3,3%), uma vez que o crescimento dos preços da energia abrandou após o pico registado no trimestre anterior, melhorando os rendimentos das famílias quando medidos em termos reais.

Nos Estados Unidos, o ganho no rendimento real das famílias ‘per capita’ (1,7%) deveu-se, principalmente, a uma diminuição dos impostos a pagar no 1.º trimestre de 2023, após um aumento em 2022 devido a aumentos nos salários e vencimentos, ao pagamento diferido de impostos de 2020 e a fortes ganhos de capital.

Entre outros países da OCDE, a Polónia registou um forte crescimento do PIB real ‘per capita’ (3,9%) e do rendimento real das famílias ‘per capita’ (3,5%).

Registaram-se também grandes aumentos do rendimento real das famílias ‘per capita’ na Dinamarca (4,3%), na Bélgica (4,1%) e nos Países Baixos (2,6%).