Borrell também reafirmou, numa publicação no seu 'blog', que qualquer nova agressão contra Kiev terá consequências para Moscovo.

Sobre a sua recente viagem à Ucrânia, o chefe da diplomacia da UE disse que, embora a Rússia se defina como "mediador", é "parte" do conflito e que o principal interesse, preocupação e propósito dos 27 Estados-membros é "fazer com que a Rússia diminua as tensões", e

Defendendo que o diálogo é "essencial" para resolver o conflito, Borrell considerou que, "além da Ucrânia, toda a arquitetura de segurança europeia está em jogo" e criticou a Rússia por ter "deliberadamente excluído qualquer referência à UE dos projetos de tratados" apresentados em dezembro passado.

A Rússia "parece ter a intenção de fazer atrasar o relógio até aos velhos tempos da Guerra Fria", disse.

"As propostas russas refletem (...) a posição das autoridades russas de reverter a evolução ocorrida desde 1990, em detrimento da unidade europeia e em violação da independência e soberania dos ex-estados soviéticos", adiantou.

Para a próxima semana estão previstas diversas reuniões para amenizar a tensão nas relações entre os dois países.

A ronda começa ainda hoje em Genebra, com uma reunião entre responsáveis russos e norte-americanos, prossegue na segunda-feira com um encontro do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e continua na quarta-feira, também na capital belga, com uma reunião entre dirigentes russos e a NATO. Para quinta-feira, está prevista uma reunião da diplomacia russa com a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Viena.

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