Trata-se do segundo candidato presidencial com as contas validadas pela CNE, depois de Carlos Veiga em julho passado, mas no caso de Casimiro Pina sem direito a subvenção do Estado por ter obtido menos de 10% dos votos nas eleições de 17 de outubro de 2021.

Casimiro Pina obteve 1,8% dos votos (terceiro mais votado, depois dos principais candidatos, José Maria Neves e Carlos Veiga) e de acordo com um edital da CNE de 08 de agosto e consultado hoje pela Lusa, apresentou despesas de campanha no valor total de 204.554 escudos (1.840 euros), financiadas, nomeadamente, por um empréstimo e donativos, no total de 273.364 escudos (2.460 euros).

O primeiro candidato presidencial com as contas validadas pela CNE foi Carlos Veiga, através de um edital de 15 de julho, que lhe validou também a atribuição de uma subvenção líquida no valor de 56,9 milhões de escudos (520 mil euros). Carlos Veiga recolheu 78.603 votos expressos em urna e foi o segundo mais votado naquela eleição (42,4%), atrás de José Maria Neves, que foi eleito Presidente da República à primeira volta.

Aquele candidato, antigo primeiro-ministro e antigo líder do Movimento para a Democracia (MpD, no poder), apresentou à CNE despesas totais de campanha superiores a 92,3 milhões de escudos (843 mil euros).

De acordo com o Código Eleitoral, só têm direito a subvenção do Estado os candidatos presidenciais que tenham obtido pelo menos 10% dos votos expressos em urna, casos apenas de José Maria Neves (51,7%), ainda sem contas publicadas pela CNE tal como outros quatro, e de Carlos Veiga.

Nenhum dos restantes candidatos se aproximou daquele registo mínimo nas eleições presidenciais cabo-verdianas de 2021: Casimiro Pina obteve 1,8% dos votos, Fernando Rocha Delgado 1,4%, Hélio Sanches 1,1%, Gilson Alves 0,8% e Joaquim Monteiro (0,7%), segundo os dados oficiais anteriores da CNE.

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