"Esta operação, que permitiu a neutralização de nove indivíduos dessa primeira frente da dissidência da FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] e a neutralização de 'Ivan Mordisco', permite-nos assinalar que esta foi uma operação em que cai o último grande dirigente das FARC e constitui uma estocada final nas dissidências", disse o ministro Diego Molano numa conferência de imprensa em Bogotá.

Em 2016, um acordo de paz histórico entre o Governo de Bogotá e as FARC tornou a formação guerrilheira num partido político legal e reduziu consideravelmente a violência, apesar de numerosos grupos armados prosseguirem em atividade no país, incluindo dissidentes desta organização.

Em novembro passado o Departamento de Estado norte-americano retirou as FARC da lista de organizações terroristas estrangeiras, mas sem alterar a sua posição face aos processos judiciais dirigidos contra antigos responsáveis da ex-guerrilha colombiana.

No entanto, um grupo dissidente rejeitou as condições do cessar-fogo e prosseguiu a luta armada, à semelhança do Exército de Libertação Nacional (ELN), com as suas formações a combaterem entre si em diversas regiões do país.

As guerrilhas do ELN iniciaram em 2018 conversações de paz com Bogotá, mas que foram interrompidas na sequência de um ataque a uma academia da polícia que provocou 23 mortos.

Em paralelo, dezenas de ativistas sociais e ex-guerrilheiros das FARC que depuseram as armas foram assassinados nos últimos cinco anos, em ações atribuídas a grupos paramilitares de extrema-direita com o alegado envolvimento das forças de segurança.

Em 19 de junho passado, Gustavo Petro foi eleito o primeiro Presidente de esquerda na história da Colômbia, obtendo 50,47% dos votos na segunda volta das eleições, derrotando o candidato de direita Rodolfo Hernández, que obteve 47,27% dos votos expressos.

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