De acordo com informação divulgada pela organização iraniana Meia-Lua Vermelha, que tem uma equipa de resgate, 32 das vítimas mortais são da província de Teerão.

Até ao momento, 21 das 31 províncias do Irão tiveram inundações, nomeadamente Teerão, Markazí, Tazd, Chahar Mahal Bajtiarí, Guilán e Hormozgán.

Na província de Teerão, as chuvas afetaram sobretudo a região de Emamzadeh Davoud, onde as fortes precipitações originaram deslizamentos de terra e provocaram a morte de 18 pessoas.

As inundações na região de Firuzkuh, no nordeste da província de Teerão, provocaram a morte de 14 pessoas.

Segundo o responsável da equipa de resgate da Meia-Lua Vermelha, Mehdi Valipour, as operações de busca prosseguem no terreno para procurar 28 pessoas que estão desaparecidas, originárias de diferentes cidades iranianas.

Entretanto, a Organização Meteorológica do Irão deu conta que as chuvas irão continuar até segunda-feira e aconselhou as pessoas a não irem para zonas montanhosas ou para as margens dos rios, devido ao perigo de cheias.

As inundações bloquearam várias estradas do país e danificaram edifícios e casas em diferentes cidades do país.

O centro histórico da cidade de Yazd, classificada pela UNESCO pelo seu património cultural, também foi afetado, embora os estragos sejam pequenos.

A agência iraniana de meterologia havia alertado para a possibilidade de fortes chuvas em todo o país, que há uma década enfrenta uma seca atribuída às mudanças climáticas.

Os perigos de inundações repentinas também foram exacerbados pela construção generalizada de edifícios e estradas perto dos leitos de rios.

Em março de 2018, uma inundação repentina, também na província de Fars, causou a morte de 44 pessoas.

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