A sua primeira grande aparição foi num conhecido programa de talentos, o Peidolos, e logo convenceu jurados como o Manuel Peidora dos Santos e a Roberta Peidina, para a seguir conquistar o país.

Prosseguiu os estudos de Peidúsica (vertente mais harmoniosa e melódica da Flatulência) e fez Peidurasmus em Barcelona, continuando assim sempre desenvolver o seu talento e absorvendo o que de melhor se fazia lá fora ao nível peidusical.

Eis que se dá a consagração definitiva. Com uma lindíssima composíção da sua irmã para peido e ruídos gastrointestinais resultantes dos processos da digestão, vence o renascido – grande mérito da PTV – Festival da Peidação.

A dupla, não contente, foi representar-nos lá fora, ganharam o Festival da Europeidação e regressaram como verdadeiros heróis nacionais.

Claro que os portugueses, no início, nem sequer gostaram muito da composição, mas ao perceberem que podia estar ali mais uma razão para se vangloriarem patrioticamente, passaram automaticamente a adorar. Mas o declínio rapidamente chegaria.

Num concerto solidário para as vítimas dos incêndios, ele pára a meio da sua interpretação e, das profundezas do mais infernal inferno, profere as seguintes palavras “Sinto que vocês aplaudem todos os meus peidos, vou experimentar tocar uma música para ver o que acontece!”. O vexame. A angústia nacional. A desilusão do século. Como é que era possível? O milhão de euros angariado para as vítimas já pouca importância tinha, as próprias vítimas ainda menos e o país decretou luto nacional por dois meses porque as verdadeiras vítimas eram todos os seus cidadãos depois daquela afronta e não apenas as vítimas de um mero incêndio.

Ele ainda pediu desculpa, com todo o tumulto que tomou conta das redes peidais, com a gravidade da ofensa proferida que os pobres e infelizes cidadãos tiveram que suportar, mas era tarde de mais. A sua carreira como peidúsico profissioanl terminou ali.

É pena, mas é justo. O país é demasiado delicado para poder suportar coisas destas.

Um abraço, Peidador Peidal, e se calhar o melhor mesmo é dedicares-te à música.

Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:

Esta primeira sugestão é a mesma que na crónica anterior, e acho que vai ficar aqui até ao final da época de incêndios

Bombeiros: Por todo o país, os bombeiros vão continuar a precisar de muita ajuda. Não deixem a onda de solidariedade passar e continuem a ajudar em força os vários quartéis.

Menos internet: Façam mais sexo, vão jantar mais vezes fora com os amigos, bebam mais copos, vão mais à praia, mas acima de tudo, passem menos tempo a odiar tudo e todos na net. É pior para vocês do que para o alvo do vosso ódio. Juro.

Viagens: Ando a fazer um interrail pela Europa e tem sido incrível, como quase todas as viagens que tenho feito ao longo da vida. Metam a mochila às costas e arranquem.