O cancelamento da atividade programada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) devido à pandemia levou a um aumento de mais 45 dias do tempo médio de espera para cirurgia, indicou hoje a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) alertou hoje para a necessidade de mobilização urgente dos dadores, considerando que os últimos dados oficiais apontam para "níveis preocupantes" das reservas de diversos grupos sanguíneos.
A ministra da Saúde realçou hoje que houve um aumento de 450 mil consultas e 40 mil cirurgias, a nível hospitalar, nos primeiros quatro meses do ano, números já próximos dos níveis de 2019, pré-pandemia.
Os hospitais privados efetuaram mais de 15 mil cirurgias a doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2020, ao abrigo do programa de redução de listas de espera, revelou hoje a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Dada a situação pandémica, há médicos de outras especialidades que estão descontentes com o facto de alguns cirurgiões estarem em casa, em regime de teletrabalho. "Sobra sempre para uns, outros podem ficar em casa", queixam-se.
O Governo estendeu até final do próximo ano os incentivos pagos aos profissionais de saúde pela recuperação de consultas e cirurgias que ficaram por fazer por causa da pandemia, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
Em nove meses, os hospitais públicos fizeram menos 96 mil cirurgias programadas em comparação ao mesmo período do ano anterior. Mas de acordo com projeções do Ministério da Saúde, este número pode chegar a mais de 150 mil cirurgias canceladas.
O acesso aos cuidados de saúde sofreu uma queda acentuada devido aos constrangimentos causados pela pandemia. Ao nível das cirurgias, estima-se que cerca de 242 mil doentes estejam em lista de espera.
A dívida total aos privados das cirurgias feitas no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) ultrapassa os 45 milhões de euros e há procedimentos por faturar desde 2018, segundo a Associação de Hospitalização Privada.
A retoma da atividade cirúrgica não urgente nos hospitais deve ter em consideração a gravidade clínica, o tempo de espera já decorrido e a possibilidade de a cirurgia ser realizada em ambulatório, segundo uma norma da Direção-Geral da Saúde.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) considerou hoje que a retoma das consultas e cirurgias programadas que foram suspensas devido à covid-19 "impõe que sejam acauteladas e reforçadas as medidas de proteção, de doentes e profissionais".
O número de cirurgias aumentou em 2018 e atingiu o valor mais alto de sempre, com quase 595.000 doentes operados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), um crescimento que se deveu sobretudo ao recurso aos privados e setor social.
Cirurgias e consultas adiadas marcaram hoje a primeira manhã de greve dos médicos, que registou uma adesão a rondar os 80%, segundo o sindicato, que acusa a ministra da Saúde de já ter “atirado a toalha ao chão”.
As cirurgias que ultrapassaram o tempo de espera clinicamente aceitável duplicaram nos primeiros cinco meses de 2018 quando comparadas com o final de 2017, segundo dados hoje relevados pelo regulador.
O Governo vai tentar que os utentes que aguardam há mais de um ano por consulta ou cirurgia com prioridade normal nos hospitais sejam atendidos até final deste ano e, para isso, vai melhorar as indicações clínicas destes pedidos.
O Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) confirmou hoje à Lusa que sentiu necessidade de reprogramar algumas cirurgias não urgentes, de modo a "canalizar recursos" para os "doentes cirúrgicos urgentes".
A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que no início da próxima semana espera ter um novo planeamento para dar resposta às cirurgias adiadas no primeiro e segundo período de greve dos enfermeiros.
A greve dos enfermeiros em blocos operatórios que decorre desde 31 de janeiro levou ao adiamento de 56% das 4.782 cirurgias previstas na primeira semana da paralisação, indica um balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje.
O Serviço Nacional de Saúde fez em 2018 menos cerca de cinco mil cirurgias do que no ano anterior, segundo a ministra da Saúde, que indica que a redução foi de apenas 0,5% “num ano particularmente difícil”.
A greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos que começou hoje obrigou ao adiamento de pelo menos 261 cirurgias marcadas para o período da manhã em cinco hospitais da região Norte, disse à Lusa fonte sindical.
Pelo menos 500 cirurgias consideradas prioritárias ou muito prioritárias foram adiadas devido à primeira greve dos enfermeiros em blocos operatórios, segundo dados de dois hospitais onde decorreu a paralisação que terminou em dezembro de 2018.
A administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte anunciou hoje que a greve dos enfermeiros em blocos operatórios teve menor impacto do que antecipado, contabilizando ainda assim mais de 800 cirurgias adiadas e 1,8 milhões de euros de perdas.
Os sindicatos de enfermeiros mantêm a “greve cirúrgica” com início previsto para segunda-feira, mas admitem suspendê-la se o Governo confirmar antes do arranque da paralisação uma nova reunião negocial a 17 de janeiro.
A Ordem dos Médicos quer obrigar os hospitais onde decorre a "greve cirúrgica" a divulgar os dados das operações adiadas, para se saber quantos doentes foram afetados, quais as patologias e estado de gravidade.