Vários problemas têm estado a afetar o Skype, plataforma da Microsoft para chamadas e videochamadas através da internet. Segundo a própria empresa, os utilizadores “ou perdem conectividade com a aplicação ou podem ser impedidos de enviar e receber mensagens. Alguns utilizadores podem ser incapazes de ver a barra negra que indica que uma chamada de grupo está a decorrer, bem como registar atrasos ao adicionar utilizadores à lista de amigos”.
O comunicado foi publicado na passada segunda-feira, tendo sido atualizado por duas vezes ao longo do dia de ontem. A empresa diz ter corrigido algumas configurações que lhe permitiram mitigar o impacto deste “incidente”.
Na página Down Detector, serviço que monitoriza o estado de websites, é possível ver que há problemas sobretudo na Europa, mas também no Japão, Estados Unidos e Brasil. Todavia, há incidências, segundo estes dados, em praticamente todos os continentes.
A BBC explica que o incidente pode estar relacionado com um ataque DDoS (Distributed Denial of Service) à rede do Skype. Estes ataques “são uma das formas mais comuns de deitar redes abaixo. O Skype não tem dado detalhes publicamente sobre o sucedido, mas os problemas que estamos a ver podem certamente ser explicados com um ataque DDoS, entre outras possibilidades”, conta Steven Murdoch, investigador de cibersegurança no departamento de ciência informática na University College de Londres, à edição online da BBC.
O mesmo conta ao El Mundo a empresa espanhola de cibersegurança Panda. Este tipo de ataques não afeta os dados privados dos utilizadores, pelo que os dados pessoais e bancários dos utilizadores não estão necessariamente comprometidos.
O incidente está a ser reivindicado pelo grupo português CyberTeam, que divulgou no Twitter uma mensagem a dizer ser o autor do incidente que está a afetar a plataforma da gigante norte-americana Microsoft.
No passado, o grupo reivindicou ataques a sites nacionais e estrangeiros. Em Portugal, diz a Ordem dos Advogados, o grupo já reivindicou ataques a páginas de entidades oficiais como a Polícia Judiciária, Segurança Social, Ministério Público e Supremo Tribunal de Justiça.
Este grupo, cuja página no Twitter tem pouco mais de um mês e reúne, no Facebook, perto de 2.000 seguidores, usa as redes sociais para reivindicar alegados ataques, bem como para fazer ameaças. Entidades como a MEO (da PT, dona do SAPO) ou a plataforma de jogos online Steam são algumas das marcas visadas pelo grupo nas ameaças.
Comentários