Ter animais de estimação, que era algo que o regime comunista considerava ser burguês, está a causar furor na China, uma vez que o país conta atualmente com cerca de 100 milhões de animais oficialmente declarados. Na sua maioria, cachorrinhos.

E, a verdade, é que os donos parecem não estar a hesitar em gastar uma fortuna para mimá-los.

"Os proprietários gostam de vestir os seus animais com elegância, exatamente como fariam com os seus filhos", comenta Huang, uma senhora que passeia com os "seus filhotes" num carrinho de "bebé", em pleno centro da capital económica chinesa.

A recente paixão dos chineses pelos animais traduz-se pelo dinheiro em circulação: o setor dos animais domésticos gera um volume de faturação de mais de 15 mil milhões de euros, com um crescimento esperado de 20% ao ano, segundo o Yourpet Market Research Institute.

"A geração dos 30 anos está na vanguarda do movimento devido ao seu crescente poder aquisitivo", afirma o estudo.

Xangai, que é vista como a cidade mais moderna da China, conta com um milhão de animais domésticos, para uma população de 24 milhões de habitantes, segundo uma investigação realizada em 2015 do jornal China Daily.

Este fenómeno levou a que as autoridades aplicassem, em 2011, a "política do cão único", com o objetivo de combater os latidos, as mordidas e os excrementos na cidade.