Edição por António Moura dos Santos
Este ano começa como terminou o anterior: com contestação e greves em diferentes setores de atividade, algumas mais capazes de interferir com o seu dia a dia do que outras.
Além das paralisações generalizadas que se prevêem devido ao Dia Nacional de Luta da CGTP — marcado para 9 de fevereiro —, estas são as greves que deve ter em conta nos próximos meses:
Professores
- Depois das greves em dezembro, o STOP - Sindicato de Todos os Professores fez um pré-aviso de greve para todos os dias de 3 a 14 de janeiro, sendo que para este último está marcada, em Lisboa, uma marcha pela escola pública;
- O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) convocou uma greve parcial entre os dias 3 e 13 de janeiro — a paralisação é apenas ao primeiro tempo de aulas de cada docente, o que significa que os professores poderão estar em greve em diferentes momentos do dia;
- A Fenprof convocou uma greve por distritos, durante 18 dias, entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro. Começa em Lisboa e termina no Porto — veja aqui a lista completa;
- A mesma Fenprof, em coordenação com oito sindicatos de professores, marcou uma manifestação nacional a 11 de fevereiro;
Transportes
- O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) marcou uma greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso entre as 00:00 de 3 de janeiro e as 23:59 de 8 de janeiro — mas entre as 00:00 de 4 de janeiro e as 23:59 de 5 de janeiro a greve é total. Isso significa que, de acordo com a CP, estão previstas perturbações entre os dias 3 e 6 no transporte ferroviário — para os dias 4 e 5 de janeiro foram definidos serviços mínimos, que podem ser consultados no 'site' da empresa, e a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios afetados;
- O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) entregou um pré-aviso de greve para as empresas do grupo Transdev para os dias 13 de janeiro e 6 de fevereiro.
Registos
- Os trabalhadores do Instituto dos Registos e do Notariado vão estar em greve no dia 5 de janeiro, um protesto marcado pelo Sindicato Nacional dos Registos (SNR), que propõe que sejam apenas assegurados casamentos civis urgentes ou já agendados antes da convocação da greve e testamentos perante morte iminente como serviços mínimos para esse dia.
Serviços portuários
- Há greves nos portos do continente, Madeira e Açores até 30 de janeiro. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias prevê paralisações nos dias 6, 9, 13, 16, 20, 23, 27, 30 de janeiro, em que apenas se realizarão os serviços mínimos;
Funcionários Judiciais
- O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) vai realizar entre 15 de fevereiro e 15 de abril uma greve aos atos relacionados com audiências de julgamento e diligências de arguidos não privados da liberdade;
Guardas prisionais
- O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional prolongou a greve dos guardas prisionais do estabelecimento anexo à sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, assim como os guardas da prisão de Monsanto, também na capital portuguesa, até 31 de janeiro;
Enfermeiros de Évora
- Os enfermeiros do Hospital de Évora vão cumprir duas horas de greve, entre as 10h30 e as 12h30, de 5 de fevereiro, em protesto pela carência de pessoal, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.