Professores

Depois das greves em dezembro, o STOP - Sindicato de Todos os Professores fez um pré-aviso de greve para todos os dias de 3 a 14 janeiro. 

A paralisação foi convocada em protesto contra as propostas do Governo para a revisão do regime de recrutamento, atualmente em negociação com os sindicatos, e para exigir respostas da tutela a um conjunto de outros problemas relacionados com a carreira docente e condições de trabalho.

O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) convocou uma greve parcial, igualmente em protesto contra algumas propostas de alteração ao regime de recrutamento. Neste caso, a paralisação, para todos os dias de 3 a 13 de janeiro, é apenas ao primeiro tempo de aulas de cada docente, o que significa que os professores poderão estar em greve em diferentes momentos do dia.

O STOP vai ainda organizar no dia 14 de janeiro, em Lisboa, uma marcha pela escola pública e, antes disso, a Fenprof vai promover um acampamento junto ao Ministério da Educação entre os dias 10 e 13 se, até lá, o ministro não recuar nas propostas de alteração aos concursos e aceitar abrir processos negociais sobre outros temas

Em articulação com outros sete sindicatos, a Fenprof convocou também uma greve por distritos, durante 18 dias entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro. Já para 11 de fevereiro (sábado) está agendada uma manifestação nacional (convocada por oito sindicatos de professores).

  • 16 de janeiro - Lisboa
  • 17 - Aveiro
  • 18 - Beja
  • 19 - Braga
  • 20 - Bragança
  • 23 - Castelo Branco
  • 24 - Coimbra
  • 25 - Évora
  • 26 - Faro
  • 27 - Guarda
  • 30 - Leiria
  • 31 - Portalegre
  • 1 de fevereiro - Santarém
  • 2 - Setúbal
  • 3 - Viana do Castelo
  • 4 - Vila real
  • 7 - Viseu
  • 8 - Porto

Maquinistas

O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) marcou uma greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso entre as 00:00 de 3 de janeiro e as 23:59 de 8 de janeiro, sendo que entre as 00:00 de 4 de janeiro e as 23:59 de 5 de janeiro os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho.

A CP explicou, em comunicado, que prevê perturbações à circulação com “especial impacto” entre o final de 3 de janeiro e o início de 6 de janeiro.

Para os dias 4 e 5 de janeiro foram definidos serviços mínimos, que podem ser consultados no 'site' da empresa, para serviços Alfa Pendular e Intercidades; Regional, InterRegional e Internacional; Comboios Urbanos do Porto e de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa, destacou ainda.

A CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, ou “a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

“O reembolso pode ser solicitado nas bilheteiras e em cp.pt através do preenchimento do formulário ‘online’, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até dez dias após terminada a greve”, destaca a empresa na nota de imprensa.

Trabalhadores dos registos e notariado

Os trabalhadores do Instituto dos Registos e do Notariado vão estar em greve no dia 5 de janeiro, um protesto marcado pelo Sindicato Nacional dos Registos (SNR) essencialmente por motivos salariais.

De acordo com um comunicado de hoje, o SNR propõe como serviços mínimos para esse dia que sejam apenas assegurados casamentos civis urgentes ou já agendados antes da convocação da greve e testamentos perante morte iminente.

No pré-aviso de greve, o SNR queixa-se nomeadamente dos “vencimentos assimétricos e diferenciados” dos últimos 20 anos para alguns dos trabalhadores dos registos e do notariado, do não-pagamento de atualizações salariais e deficiências na progressão na carreira, do não-pagamento do abono para falhas e de discriminações em promoções.

Serviços portuários

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) convocou vários dias de greve até 30 de janeiro, abrangendo as infraestruturas do continente, Madeira e Açores.

Estão previstas paralisações para os dias 2, 6, 9, 13, 16, 20, 23, 27, 30 de janeiro, em que apenas se realizarão os serviços mínimos

O sindicato acusa as administrações portuárias de “ausência total de disponibilidade” para dialogar sobre a proposta de revisão salarial para 2023, tendo o SNTAP feito “vários pedidos de reunião” que ficaram sem resposta, “nomeadamente por parte das administrações de Sines e de Lisboa”.

Os representantes dos trabalhadores apontam ainda a “subsistência de graves situações” de violação da legislação e do acordo coletivo de trabalho em vigor, incluindo um caso que classifica como “assédio laboral” a um trabalhador do porto de Sines.

Transportes rodoviários do Norte

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) entregou um pré-aviso de greve para as empresas do grupo Transdev para os dias 13 de janeiro e 6 de fevereiro.

"Perante a arrogância e a falta de cedência da administração das empresas, e a justa reivindicação destes trabalhadores, o STRUN, cumprindo o aprovado pelos mesmos, enviou um pré-aviso de greve para todas as empresas do grupo Transdev, para os dias 13/01/2023 e 06/02/2023 entre as 00:00 e 24:00 de cada dia", pode ler-se num comunicado hoje emitido pelo STRUN.

O mesmo texto refere que anteriormente ao envio do pré-aviso de greve, o STRUN enviou às empresas do grupo Transdev "as exigências aprovadas pelos trabalhadores, dando-lhe desde logo a conhecer" que marcaria greves "se não alterassem a sua posição no prazo máximo de 15 dias".

Guardas prisionais

Depois da greve de dezembro, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional decidiu prolongar a paralisação por mais um mês e alargá-la a outra prisão lisboeta.

Até 31 de janeiro estarão em greve os guardas prisionais do estabelecimento anexo à sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, assim como os guardas da prisão de Monsanto, também na capital portuguesa.

A segurança e as condições de trabalho do corpo da guarda prisional estão na lista que originam o protesto.

Enfermeiros de Évora

Os enfermeiros do Hospital de Évora vão cumprir duas horas de greve, entre as 10h30 e as 12h30, de 5 de fevereiro, em protesto pela carência de pessoal, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

"Os enfermeiros estão exaustos e somam entre 50 a 60 turnos extraordinários em cada escala. São, em média, 30 dias de feriados e tolerância que estão em dívida a cada enfermeiro, num total de mais de 12000 horas", lê-se no comunicado.

Dia Nacional de Luta, CGTP

A CGTP convocou o Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta para 9 de fevereiro (quinta-feira). São esperadas  paralisações em várias empresas de todos os setores de atividade.

Funcionários Judiciais

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) vai realizar entre 15 de fevereiro e 15 de abril uma greve aos atos relacionados com audiências de julgamento e diligências de arguidos não privados da liberdade, anunciou hoje o SFJ.

O SFJ adianta em nota informativa que, na sequência da reunião plenária efetuada em finais de novembro, decidiu utilizar "formas de luta inovadoras" contra o "silêncio do Governo" e o protelamento da resolução dos problemas de carreira que afetam os funcionários judiciais.

O SFJ deliberou apresentar “aviso prévio de greve aos atos, designadamente greve às audiências de julgamento/diligências de arguidos não privados da liberdade, greve aos atos contabilísticos, greve aos registos estatísticos no “Citius” e greve à confirmação dos pagamentos aos advogados no âmbito do apoio judiciário a vigorar entre 15 de fevereiro a 15 de abril", precisa o SFJ.

Esta decisão foi tomada após uma reunião de diversas estruturas sindicais e de uma reunião entre os presidentes do SFJ e do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ).