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Newsletter diária • 04 abr 2025

 
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A adolescência num ecrã. Quais são os resultados?

 
 

Editado por Ana Filipa Paz

Publicado há três dias, o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), relativo a 2024, veio confirmar o aumento da violência entre jovens, um tema que tem estado no centro da discussão de qualquer mesa de jantar.

Ao analisar a criminalidade juvenil, o relatório introduz a existência de um principal culpado, a atividade online, e reflete sobre o impacto das novas formas de socialização no comportamento dos jovens portugueses:

  • As redes sociais são uma extensão dos bairros, escolas e comunidades sociais, permitindo levar a violência e a rivalidade para a comunicação online.
  • Os jovens são expostos desde cedo "a propaganda online de matriz aceleracionista e terrorista, assente no apelo explícito à violência", o que tem conduzido à radicalização muito rápida dos jovens e validado as ações violentas, refere o RASI.
  • Entre os 15 e os 25 anos, o aumento da violência é maior, tal como é mais recorrente o uso de redes sociais. Este uso é, muitas vezes, viciado.
  • Na análise da criminalidade juvenil, a maioria dos suspeitos e/ou arguidos é do sexo masculino (69%), sendo a nacionalidade mais representativa a portuguesa (62%).
  • Os números indicam que os casos de agressão sexual e a pornografia infantil são os crimes onde mais arguidos são jovens e menores, com principal incidência na faixa etária entre os 12 e os 16 anos.
  • O Discord e o WhatsApp são as aplicações utilizadas para a partilha de conteúdo de cariz sexual e pornográfico. Com destaque também para o Youtube e outras plataformas de streaming.
  • Verifica-se um aumento do uso de estupefacientes entre os jovens com idade inferior a 16 anos.

Joana Alexandre, diretora do Mestrado em Psicologia Comunitária e Proteção de Crianças e Jovens em Risco no ISCTE, lembra que as novas figuras de referência — os influenciadores digitais — surgem online. A monotorização por parte dos encarregados de educação do acesso a certo tipo de conteúdo é mais difícil, mas "é necessária", reforça ao SAPO24.

O RASI alerta ainda para a hipótese de haver crimes não reportados, ao que a psicóloga acrescenta que "é importante o olhar de proteção e supervisão pelos pais e colegas, de forma a estarem confortáveis para pedir ajuda".

Além disso, defende que a prevenção é o primeiro passo. E, segundo a especialista, as escolas são o espaço ideal para a sensibilização dos jovens.

 
 
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