Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 12 nov 2024

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 
 
 

A ministra e o INEM. Quais os desenvolvimentos no dia de hoje?

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A ministra da Saúde foi hoje ouvida no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025. E começou a sua intervenção a falar nos últimos acontecimentos no INEM, com os atrasos no atendimento de chamadas provocados pelas greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar e da função pública.

“Não tenham dúvidas de que, enquanto ministra da Saúde, assumo total responsabilidade pelo que correu menos bem e comprometo-me, em nome do Governo, a executar as medidas necessários para a refundação do INEM”, disse Ana Paula Martins.

A ministra assumiu ainda que a reorganização dos serviços de urgência e emergência assume “a maior prioridade” para este Governo e disse estar hoje no parlamento “cara a cara” para “ouvir as propostas, comentários e as motivações” dos deputados para “melhorar o caminho escolhido e determinado pelo programa do Governo”. “Não fujo. Não minto e não me escondo”, frisou.

Disse ainda que no dia 4 de novembro, quando coincidiram as greves da função pública e a das horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, “pelo menos um dos turnos de oito horas não cumpriu os serviços mínimos, por falta recursos humanos”.

Já esta tarde, numa visita ao Instituto Nacional de Emergência Médica, a ministra trouxe uma novidade. “O INEM passou a estar debaixo da minha dependência direta desde há dois dias porque é uma matéria de uma prioridade enorme como se está a ver”, adiantou.

Segundo referiu, o INEM era uma prioridade quando o atual Governo entrou em funções, mas, “por todo ao alarme social que tem causado nos últimos dias”, é necessário devolver a confiança à população no sistema.

Questionada se o facto de chamar a si a dependência direta do INEM é o reconhecimento de que a secretária de Estado da Gestão da Saúde ignorou os alertas dos sindicatos sobre os impactos da greve da última semana, a ministra afirmou que a sua decisão “é apenas o reconhecimento” de que o assunto é importante, urgente e prioritário.

Perante isso, “o meu tempo no meu dia-a-dia tem de ser dedicado em mais de 70% a resolver os problemas do INEM”, salientou a ministra da Saúde.

Como chegámos aqui?

As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público (MP), um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que reclamam a revisão da carreira e melhores condições salariais.

A greve foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.

*Com Lusa

 
 
Guia Web Summit 2024: o que precisa de saber
 
 

Tecnologia