Uma TAP restruturada, ponto por ponto
Edição por Tomás Albino Gomes
Ao final da tarde de terça-feira, a Comissão Europeia revelou que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, numa decisão fundamental para a sobrevivência da companhia aérea, tendo em conta que há uma semana o ministro das Infraestruturas e Habitação defendeu que Portugal “perderá centralidade no negócio da aviação” caso o plano de restruturação fosse aprovado por Bruxelas, algo que levaria ao encerramento da companhia.
A TAP sobrevive, mas com algumas imposições vindas da Europa. A vice-presidente executiva da Comissão Europeia com a pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, assinalou que “o apoio público significativo virá com salvaguardas para limitar as distorções da concorrência”, já que a TAP "se comprometeu a disponibilizar 'slots' no congestionado aeroporto de Lisboa, onde detém poder de mercado significativo”; mais concretamente 18 slots por dia, o que dá 6.570 voos por ano a outras companhias.
A Comissão salientou ainda que o plano requer a separação dos negócios da TAP e Portugal por um lado e o ativos não-essenciais, nomeadamente no negócio de manutenção no Brasil, e os de 'catering' e de 'handling', que deverão ser alienados.
Além disso, a TAP ficará “proibida de quaisquer aquisições e reduzirão a sua frota até ao final do plano de reestruturação, racionalizando a sua rede e ajustando-se às últimas previsões que estimam que a procura não irá aumentar antes de 2023 devido à pandemia”, ressalva a instituição.
Em conferência de imprensa sobre a decisão vinda de Bruxelas, Pedro Nuno Santos congratulou-se e prestou alguns esclarecimentos sobre o que serão os próximos tempos da companhia:
Atualidade
Algures, em 2020, houve quem acreditasse que a Humanidade aprenderia muito com a pandemia e que os valores prioritários ficariam mais visíveis. Não aconteceu. Continuar a ler