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Newsletter diária • 28 mar 2024

 
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Ainda o covid, o longo covid

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Vai ser já no início da próxima semana que os especialistas se vão reunir, em Lisboa, na primeira conferência internacional sobre 'long-covid'. Pretendem começar a delinear um conjunto de recomendações para esta doença, para a qual ainda não há um exame de diagnóstico.

O reumatologista Jaime Branco, um dos organizadores do encontro internacional, lembrou que não há um exame específico que faça o diagnóstico desta condição, explicando que tal acontece por exclusão de partes: “É um diagnóstico eminentemente clínico, afastando outras situações ou doenças que possam causar os mesmos sintomas”.

O especialista reconheceu que a pandemia de covid-19, que infetou milhões de pessoas, acabou por fazer aumentar também o número de doentes que permanecem com sintomas que hoje estão incluídos na chamada condição pós-covid-19, a covid-longa, para a qual ainda não há muita informação.

O encontro pretende aumentar a visibilidade, clarificar conceitos, promover a compreensão e estimular a discussão entre profissionais de saúde, investigadores, decisores políticos, pacientes e representantes da comunidade sobre as manifestações clínicas, a sua gestão, as opções terapêuticas e os desafios para a saúde ligados à encefalomielite miálgica / síndrome de fadiga crónica e à ‘long covid’.

Se o período do Covid nos parece distante - e até o tentamos esquecer - a ciência continua a estudá-lo. Segundo um amplo estudo publicado já este ano sabe-se que o covid-19 fez com que a esperança de vida média das pessoas em todo o mundo caísse 1,6 anos nos primeiros dois anos da pandemia, uma redução maior do que se pensava.

E, de forma a que esse período negro não  se repita de forma tão imprevisível e mortal, ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova rede de laboratórios para coordenar as capacidades à escala global de deteção, monitorização e avaliação de coronavírus potencialmente novos ou em circulação com impacto na saúde pública.

Também, em Portugal, este domingo, numa curta nota, o Conselho de Ministros anunciou a aprovação de despesas relacionadas com a aquisição de serviços de receção, armazenagem e expedição/distribuição das vacinas contra a covid-19 e a gripe, e dos artigos indispensáveis para a respetiva administração, pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O Conselho de Ministros autorizou também a despesa com a aquisição de medicamentos contra a covid-19, no âmbito dos acordos de aquisição celebrados pela DGS, e a aquisição de vacinas contra aquela doença através do procedimento europeu centralizado pela DGS.

 
 
 
 

 
 

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Talvez por boa educação ou até algum decoro, "Rol de Cornudos" é frequentemente esquecido na lista de obras de Camilo José Cela, Prémio Nobel da Literatura. Trata-se de um livro atrevido, travesso, brutal, maldito. Apresenta-se como um dicionário, uma infindável galeria de cidadãos vítimas mais ou menos conscientes da "instabilidade sentimental das esposas". Este é um livro invulgar, que dá azo à ironia mordaz tão característica do autor. Em tom cruel e divertido, imperdível, Camilo José Cela elabora um catálogo de cornudos de todas as condições e méritos. Nenhum leitor pode ficar indiferente: no mínimo vai sorrir perante tamanho descaramento, ou rir-se a bandeiras despregadas. Afinal, este é um tema que continua a suscitar um certo interesse e a provocar ironias e comentários. O SAPO24 publica um excerto desta obra, nas livrarias a 4 de abril.