De Ponte de Lima a Oleiros, os dias - e as noites - voltaram a ser assim
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Talvez ensombrados pelo tema que teima em dominar a atualidade, e cujo nome não é necessário repetir, os incêndios entram na rotina das notícias de verão com aquele misto de conformismo e de previsibilidade. Três anos depois do verão negro de 2017, em que tantas vezes se disse que nada poderia voltar a ser como foi, a única coisa que podemos dar como garantido é que não voltámos a ter uma tragédia com a dimensão dos incêndios de junho e de outubro desse ano.
Mas, como se costuma dizer quando é preciso desconstruir a estatística, há os valores relativos e os absolutos: para as terras que ardem, para as povoações assustadas e para os bombeiros que acorrem cada incêndio representa 100% de um problema. Claro que as outras contas são importantes, e devem ser feitas, mas num dia como o de hoje, é difícil dizer isso a quem vive em Ponte de Lima ou em Oleiros e que à hora que este texto é publicado tem pela frente uma noite de incerteza com o fogo por perto.
Qual foi o retrato do dia:
À hora que este texto é publicado, chega a notícia que um bombeiro, de 21 anos, morreu num acidente com a viatura em que seguia durante o combate ao incêndio que deflagrou em Oleiros. Outros quatro bombeiros ficaram feridos.
Há as razões de sempre, há as razões ingratas ou dos azares que acontecem, poderá haver razões criminosas como as que o autarca de Ponte de Lima quer ver esclarecidas. Mas, em consciência, é isto o melhor que conseguimos fazer?
Atualidade
O SOS Racismo exigiu hoje “justiça” no caso da morte do homem baleado esta tarde em Moscavide, concelho de Loures, distrito de Lisboa, considerando tratar-se de “um crime com motivações de ódio racial”.
Desporto
Ao Sporting bastava um empate para garantir o 3º lugar e consequentemente o apuramento direto para a Liga Europa. Dessa forma, nem era preciso olhar para aquilo que estava a passar no Municipal de Braga. E assim foi praticamente até aos 90' — altura em que Vinicius aplicou um mata-leão às aspirações da equipa de Ruben Amorim.
Atualidade
Um projeto português que junta empresas e academia criou a primeira máscara no mundo capaz de inativar o coronavírus responsável pela covid-19. A máscara, desenhada e fabricada em Portugal, já está à venda desde abril em toda a União Europeia.
Opinião
PS e PSD trocaram galhardetes, acusando-se mutuamente de terem parado no tempo, fossilizado, foi esta a palavra utilizada. E não perceberam o pior: é que é Portugal que não avança, pelo contrário, retrocede. O país fossilizou a muitos níveis e os culpados são eles.
Só na passada segunda-feira, a fortuna pessoal de Jeff Bezos cresceu 13 mil milhões de dólares. Vou repetir: num único dia, o homem mais rico do mundo ganhou 13 (treze!) mil milhões de dólares. Continuar a ler