Depois das voltas na rua, o último debate na televisão
Edição por Alexandra Antunes
Os líderes dos partidos com assento parlamentar têm hoje encontro marcado em Lisboa para o último debate televisivo na campanha eleitoral, na RTP, mantendo agenda na rua — mas limitada devido à pandemia.
PS: Depois de ter estado na ilha de São Miguel, o secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, está de regresso a Lisboa, onde participou de manhã num encontro promovido pelas Mulheres Socialistas - Igualdade de Direitos, sob o mote “Continuar a Avançar em Igualdade”.
PSD: O presidente do partido, Rui Rio, também reservou a agenda de hoje para a capital e tem prevista uma única iniciativa - uma ação de contacto com a população e comércio local na Avenida da Igreja, na freguesia de Alvalade, Lisboa.
BE: Antes de partir para o debate - o único debate televisivo que reunirá os líderes dos partidos que elegeram em 2019 - que será transmitido às 21:00 na RTP 1 e RTP 3, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, começou a manhã com uma visita à feira do Fundão, sendo essa a sua única iniciativa de campanha.
CDU: Neste caso, é o líder parlamentar João Oliveira vai assumir o comando no debate televisivo, em substituição do secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa enquanto este recupera da cirurgia à carótida interna esquerda. Na rua, segue João Ferreira em campanha, com um encontro com Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, e uma sessão com reformados, em Coruche, para falar sobre “Envelhecer com dignidade”.
CDS: O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, vai estar por terras alentejanas, onde tinha previsto um pequeno-almoço, seguindo depois para um almoço em Évora.
Chega: No segundo de 13 dias de campanha oficial, o presidente do partido, André Ventura, faz campanha na Sertã, com uma arruada à tarde.
IL: O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, tem marcado um almoço em Lisboa com a Comissão de Honra do partido.
PAN: A porta-voz, Inês de Sousa Real, não tem ações de campanha previstas para hoje para se preparar para o debate da noite.
Livre: Rui Tavares, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, apenas participou no Fórum TSF, durante a manhã.
Os temas quentes da campanha
- O primeiro dia de campanha ficou marcado pelo tema do voto em mobilidade. Os eleitores que não consigam ir às urnas a 30 de janeiro podem, a partir deste domingo, pedir o voto antecipado em mobilidade exercer o seu direito uma semana antes, no dia 23.
- Estavam inscritos perto de 69 mil eleitores até às 19:00 de domingo — e um deles é António Costa.
- O secretário-geral do PS inscreveu-se para poder votar antecipadamente no próximo dia 23, no Porto, e pediu a mobilização dos eleitores para que se ultrapasse uma das crises políticas “mais perigosas” da democracia portuguesa.
- Ao início da tarde, o presidente do PSD, Rui Rio, publicou na sua conta oficial na rede social Twitter, uma mensagem sobre esta decisão do primeiro-ministro: "O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau!".
- A publicação suscitou várias reações. Entre outros, o deputado do PS Pedro Delgado Alves e o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, acusaram Rui Rio de desinformação e desconhecimento da lei eleitoral, que estabelece que o voto em mobilidade é contabilizado no círculo eleitoral de origem.
- Questionado sobre este assunto, à margem de uma arruada em Barcelos, no distrito de Braga, o presidente do PSD disse que se tratou de "uma brincadeira", considerando que a campanha eleitoral também tem de ser "alegre e com alguma piada".
- Já nos Açores, António Costa respondeu, dizendo que "o doutor Rui Rio tinha obrigação de saber o que era o voto antecipado".
Nos comentários aos debates eleitorais, algumas pessoas concentraram-se no uso (ou na falta dele) das famosas gravatas. Lembrei-me de fazer uma viagem pela história dessa palavra. Continuar a ler