Numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter, Rio escreveu ao início da tarde: “O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau!”, depois de o líder socialista ter anunciado que pretende votar no dia 23 de janeiro, no Porto.

A publicação já mereceu críticas de deputados como Pedro Delgado Alves (PS) ou o líder parlamentar do BE Pedro Filipe Soares (BE), que acusaram Rui Rio de desinformação e de desconhecer a lei eleitoral, respetivamente, uma vez que o voto em mobilidade é contabilizado no círculo de origem.

Questionado sobre o tema, à margem de uma arrumada em Barcelos (Braga), Rio desdramatizou.

“A tendência das campanhas eleitorais é de começarem a ficar tensas e uns contra os outros. O que pretendo é brincar, não têm sentido de humor? Eu sei que ele pode votar em Mirandela, Porto ou Lisboa e conta sempre para no sítio onde está recenseado”, afirmou.

“Não querem com brincadeira posso fazer sem brincadeira”, assegurou.

Questionado se quis tirar alguma tensão da campanha, o presidente do PSD respondeu afirmativamente: “E vou fazer isso provavelmente mais vezes, a campanha eleitoral também tem de ter alguma piada, dizemos coisas sérias, mas outras também com piada”, afirmou.

Sobre as críticas de que poderá confundir os eleitores, Rio considerou que acha “sinceramente que não”.

“Devemos fazer isto com alegria, respeito e alguma brincadeira à mistura, para as coisas não serem tão pesadas. Podemos começar todos a insultar-nos uns aos outros ou pegar na vírgula que cada um disse e tentar fazer disso um caso, não é o meu estilo como sabem”, afirmou.

Ainda assim, para quem não pensar desta forma, Rio deixou um conselho: “O que disse é uma brincadeira, quem quiser levar isto muito a sério, que não vote em mim, vote naqueles que levem muito a sério”, afirmou.

Rui Rio esclareceu ainda que não pretende recorrer ele próprio ao voto antecipado.

Na mesma arruada em Barcelos, muito participada, O presidente do PSD foi ainda questionado sobre as críticas feitas hoje pelo dirigente comunista João Oliveira, que considerou que PS e PSD são conquistados por um “súbito apego à regionalização” sempre que há eleições legislativas, mas de serem os responsáveis pelos impedimentos à sua concretização.

“O líder parlamentar do PCP não tem a razão toda, mas tem alguma razão, fala-se muito de descentralização e regionalização em campanhas eleitorais e ao longo da legislatura fala-se menos. Reconheço que se devia fazer mais, quero que se faça mais dou-lhe um bocadinho de razão”, afirmou.

Sobre este tema, reiterou que o programa do PSD tem compromissos com vista à descentralização e admite uma regionalização com “certas linhas vermelhas”, como não aumentar a despesa e a dívida públicas.

“Agora assim no meio da rua não será a altura para apresentar propostas sobre descentralização”, brincou.

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