
Em declarações após o anúncio da candidatura “Porto à Porto”, o médico oncologista explicou que a medida se insere no projeto de aumento das zonas de mobilidade de baixo impacto ambiental.
“Propomos a criação de um túnel por baixo do Rio Douro que ligue Porto a Gaia com muito baixo impacto visual e que permita resolver o problema de trânsito na [ponte da] Arrábida”, afirmou António Araújo que disse basear-se em “estudos que comprovam que isso é possível em termos de segurança”.
E prosseguiu: “se Lisboa pretende fazer um túnel que atravesse o Rio Tejo por baixo, que é dez vezes mais largo do que o Douro, com certeza que haverá meios financeiros também para o Norte poder fazer o seu túnel a ligar Gaia e o Porto”.
Questionado sobre os custos da construção do túnel, António Araújo remeteu esse assunto para outro momento.
Ainda no capitulo da mobilidade pretende uma reformulação do metrobus na Avenida da Boavista “que inclua uma via para autocarros e uma via para mobilidade de baixo impacto ambiental”.
“Os autocarros circulariam de forma alternada como acontece aqui, no Jardim da Cordoaria, com os elétricos”, explicou frisando ser uma medida com “pouco impacto orçamental”.
As medidas hoje apresentadas no Jardim da Cordoaria assentam em quatro áreas, Habitação, Mobilidade, Segurança e Transparência, disse.
No caso da Habitação, o candidato quer reabilitar o parque habitacional degradado, negociando com instituições públicas e privadas a construção de casas a preços acessíveis, facilitando nos impostos camarários.
No capítulo da segurança, disse, pretendem aumentar o número de efetivos da Polícia Municipal, a quem irão oferecer o equipamento gratuito, bem como aos agentes da PSP a trabalhar no Porto, promovendo assim o aumento da visibilidade de segurança na cidade.
Sobre a transparência, o candidato, entre outras medidas, pretende abrir um Balcão Municipal de Reclamações/Ocorrências e o lançamento de uma app municipal, com garantia de uma primeira resposta pela autarquia num prazo máximo de 72 horas.
No seu discurso, o médico garantiu que o conjunto de medidas anunciadas “não são promessas eleitorais comuns - são alguns dos compromissos estratégicos de quem conhece cada bairro, cada problema, cada sonho desta cidade” e garantiu que “serão executadas ou iniciados nos primeiros dois anos do mandato”.
Até ao momento, foram confirmadas as candidaturas à Câmara do Porto de Manuel Pizarro, pelo PS, de Pedro Duarte, pelo PSD, de Diana Ferreira, pela CDU, Nuno Cardoso, pelo movimento Porto Primeiro, Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, Aníbal Pinto, pela Nova Direita, Sérgio Aires, pelo Bloco de Esquerda, e também como independente a do atual vice-presidente Filipe Araújo.
O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas deverão ocorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.
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