O campeonato não morreu. É só fazer as contas
Edição por António Moura dos Santos
Além das celebrações do 25 de Abril, esta segunda-feira podia ter outros motivos para festejar, pelo menos para quem veste azul e branco. Se o FC Porto tivesse ganhado ao Sporting de Braga e se o Sporting CP tivesse perdido com o Boavista, teríamos campeão a quatro jornadas do fim do campeonato. As duas incógnitas desta equação, porém, deram um resultado totalmente distinto.
A começar pelos Dragões, o FC Porto seguia invicto há uns inéditos 58 jogos no campeonato. Precisava, porém, de passar uma das deslocações mais difíceis do calendário, indo à Pedreira jogar com o Braga. A equipa de Sérgio Conceição, todavia, não resistiu à pressão, a meros passos da meta, e tropeçou: perdeu por 1-0, fruto de um golo de Ricardo Horta pelos Guerreiros. No final, Sérgio Conceição criticou a arbitragem, dizendo que “são precisos árbitros com personalidade e qualidade".
No distrito vizinho e também numa deslocação complicada fora de casa, o Sporting CP já podia contar com o resultado dos rivais para, pelo menos, aliviar a tensão antes do jogo — não só porque o FC Porto já perdera, mas porque o segundo lugar ficou virtualmente garantido com o empate do Benfica em casa no sábado.
Perante o Boavista, os Leões, mesmo sem fazer um grande jogo e com ausências de peso — Porro e Paulinho —, venceram por 3-0 os axadrezados, fruto dos golos de Matheus Nunes e Bruno Tabata, além de um autogolo de Abascal. Com o desafio do Bessa cumprido, o sonho para os verde e brancos mantém-se vivo, ainda que ténue.
Com agora seis pontos de diferença, nem o FC Porto pode respirar de alívio, nem o Sporting CP pode atirar os braços ao chão. Faltam três jornadas, o que, aritmeticamente, significa o seguinte:
Quem terá agora um calendário mais acessível até ao fim do campeonato é uma questão aberta a diferentes interpretações:
Por outras palavras, o que será preferível: ter dois jogos mais tranquilos em casa e uma deslocação dificílima fora — como o FC Porto? Ou ter jogos mais equilibrados e imprevisíveis — como o Sporting?
É o que esperaremos para ver.
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