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Newsletter diária • 29 abr 2024

 
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Espanha, quo vadis? Para o mesmo sítio, aparentemente

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Quarta-feira Pedro Sánchez deixou o país em suspenso e hoje soube-se o desfecho da questão que pairava no ar há cinco dias: ia o espanhol demitir-se ou não? O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, fez hoje uma declaração ao país onde esclareceu que iria continuar no cargo.

"Na quarta-feira passada, escrevi uma carta dirigida aos cidadãos, perguntei-me se valia a pena. Eu tenho a resposta clara. Se permitirmos ataques a pessoas inocentes, então não vale a pena. Se permitirmos que mentiras substituam o debate, então não vale a pena. Eu precisava de parar e de refletir. A carta pode ser desconcertante porque não se deve a cálculo político. Reconheci diante daqueles que procuram quebrar-me que dói viver nessas situações. Agi com uma convicção clara. Esta não é uma questão ideológica", disse o primeiro ministro espanhol.

Assim, Pedro Sánchez garante que assume "a decisão de continuar, com mais força se possível". "Não se trata do destino de um líder específico. Trata-se de decidir que tipo de sociedade queremos ser. O nosso país precisa dessa reflexão", afirmou.

Em causa está a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção da sua mulher, Begoña Gomez, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita baseada em alegações e artigos publicados em páginas na Internet e meios de comunicação digitais.

O Ministério Público pediu no dia seguinte o arquivamento da queixa, por considerar não haver indícios de delito que justifiquem a abertura de um procedimento penal.

O líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) e do Governo de Madrid disse que ele próprio e a mulher, Begoña Gómez, estão há meses a ser vítimas da “máquina de lodo” da direita e da extrema-direita (Partido Popular e Vox) e que não sabe se vale a pena continuar à frente dos cargos perante um “ataque sem precedentes, tão grave e tão grosseiro”.

Mas como diz Francisco Sena Santos, hoje no SAPO24, embora nada mude, "nada na política espanhola pode ficar igual nesta segunda-feira, após cinco dias com o sempre intenso, degradado e rude confronto partidário".

 
 
 
 

 
 

Nada na política espanhola pode ficar igual nesta segunda-feira, após cinco dias com o sempre intenso, degradado e rude confronto partidário em ponto morto pela incerteza sobre o que vai anunciar Pedro Sánchez. Ou vai dizer que se demite e assim fica desencadeado o terramoto político, ou opta pela via plebiscitária e apresenta uma moção de confiança. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

No episódio do podcast desta semana, o João Dinis, o Miguel Magalhães e a Mariana Santos falam sobre “Conan O'Brien Must Go”, a nova série documental sobre viagens da HBO Max.