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A conquista de Damasco. Quem são os rebeldes imparáveis que puseram fim à Dinastia Assad e o que vem a seguir
Na Síria, por agora, é a hora de Tahrir al-Sham, o grupo sunita liderado por Abu Mohammad al-Jolani, um chefe de guerra, formado na Al-Qaeda, mas que se metamorfoseou com inteligência estratégica para negociar com o Ocidente. Há especulações sobre poder ter sido atingido em algum dos bombardeamentos -
A noite violenta de Amesterdão
É a engrenagem da violência que gera violência e do ódio que gera ódio. Caça aos hebreus apoiantes do Maccabi de Telavive na noite de quinta-feira em Amesterdão, a cidade de Anne Frank, também cidade símbolo da tolerância religiosa no país de Erasmo -
Apocalipse em Valência: seis horas de dilúvio e um desastre político que devia ser evitado
Quando em escassas seis horas cai a chuva que costuma ser a de todo um ano, estamos perante um acontecimento fora das definições que costumamos usar. O apocalipse que fez naufragar a região de Valência, no sueste de Espanha, deixou a paisagem em cenário de terramoto. Há uma diferença essencial entre -
Gaza faz perder a fé no Direito Internacional
Não se celebra a morte de alguém, mesmo que seja a de um cruel criminoso, como é o caso de Yahya Sinwar, eliminado após 375 dias encoberto nos túneis de Gaza. A morte deste mais recente chefe político e militar do Hamas poderia ser uma oportunidade para mudar o curso da guerra e da tragédia que é a -
Ataques aos capacetes azuis da ONU. A mensagem que Netanyahu quer passar é clara: "aqui só mando eu"
Os episódios de guerra aberta de Israel sobre instalações e forças dos capacetes azuis da ONU no sul do Líbano podem parecer eventos marginais, no meio de tanto horror e devastação. Apenas ficaram feridos dois soldados indonésios da força da ONU. Mas estes episódios são gravíssimos. -
Estava em queda livre, parecia condenado. Netanyahu volta a levantar-se a partir do "ground zero" de Beirute
Sabe-se há pelo menos 20 anos que Netanyahu não olha a meios para sobreviver e se impor. É chefe do governo, mas usa modos terroristas para atacar o terrorismo inimigo. Está a matar milhares de civis em Gaza e no Líbano. Dá-se à soberba de desprezar, mesmo humilhar, o protetor americano. Estava em q -
Netanyahu em Israel, Nasrallah no Líbano e Sinwar em Gaza. As criaturas do ódio que o mundo civilizado falha em travar
É perturbador que os líderes do mundo civilizado não consigam parar estas criaturas do ódio. -
Kamala melhor que Trump, mas sem KO
Kamala, agressiva e direta, com sorriso e otimismo, superou a prova do tenso debate diante de Donald Trump, enfadado, errático, forçado a colocar-se quase sempre à defesa e com pouca margem para recorrer às habituais provocações. Kamala falou do futuro, Trump do passado. -
Macron, ao escolher Barnier recupera Le Pen e abre a guerra com as esquerdas
Macron, afinal, prefere entender-se com Le Pen no jogo de poder. O presidente francês começa neste sábado a ficar confrontado com a indignação da rua das esquerdas, e anuncia-se um outono com escalada das manifestações de protesto e greves. Há muita França que esgotou a paciência para as astúcias do -
O novo desafio para Netanyahu: a trégua em Gaza, ou a guerra política em Israel
As emoções estão incendiadas em Israel. Depois de um fim de semana de manifestações, a greve geral desta segunda-feira é uma arma de vasta parte da população de Israel para obrigar Netanyahu a parar a guerra e aceitar a trégua que traga a libertação dos reféns. -
A França política bloqueada
Dupla falta na democracia francesa: o presidente Macron perdeu repetidamente as eleições mas quer continuar a comandar a governação; a esquerda ganhou as eleições com vitória insuficiente mas não negoceia para formar maioria. Discute-se cada vez mais a necessidade de mudar o sistema político. -
Qual será a próxima manobra de Macron?
O presidente Macron está há sete semanas a tentar ganhar tempo, com um governo interino a gerir a partir do limbo os assuntos correntes. As oposições acusam-no de estar a fazer a França perder tempo com um governo provisório que não tem poder para preparar o próximo orçamento. Agora, extinto o parên -
“Não é possível descrever por palavras a vida quotidiana no Haiti". Um país sequestrado por gangues armados à vista de todos
Desde o assassinato em julho de 2021 do último presidente do Haiti, vários gangues armados, os principais com origem em forças policiais, apoderaram-se da capital e de grande parte deste país nas Caraíbas.Todos os dias dezenas de pessoas são raptadas, violadas ou mortas e muitos corpos ficam abandon -
Um par perigoso para Netanyahu. Quem é Yahya Sinwar, o novo líder do Hamas e arquiteto da barbárie de 7 de outubro
Podemos imaginar a eleição de Sinwar para o topo do Hamas como a primeira das represálias do eixo Irão-Hamas-Hezbollah-Houthis pelos recentes assassinatos em Teerão (Haniyeh, líder do Hamas) e em Beirute (Fouad Chokr, comandante do Hezbollah). -
Que a diplomacia da "ponte dos espiões" também trate, finalmente, o Médio Oriente
Tivemos nestes dias, nas relações internacionais, o regresso a um cenário do passado: voltámos a um cenário como o da “ponte dos espiões” na Berlim dividida pelo Muro da Guerra Fria, como podemos ler na formidável ficção narrativa de John le Carré. -
Os Jogos Olímpicos de Paris na França política muito pouco dada aos jogos de alianças
A extraordinária festa desportiva dos Jogos Olímpicos até leva a que o presidente Emmanuel Macron esteja a tentar que os políticos franceses observem uma trégua política pelo tempo dos jogos. -
A revolução francesa
Alguns minutos antes das 8 da noite deste domingo, um rumor começou a propagar-se pelas praças de Estalinegrado e da República, em Paris, onde se concentravam militantes das esquerdas: dizia-se nesse rumor que não só Le Pen estava longe da maioria absoluta como aparecia em terceiro lugar, e o primei -
França: Sim ou não à tomada do governo francês pela extrema-direita, pela via democrática?
O voto deste domingo em França passou a valer sobretudo como um referendo: sim ou não à tomada do governo francês pela extrema-direita, pela via democrática? Todas as sondagens mostram que continua a existir em França uma maioria, ainda que cada vez mais reduzida, que se mobiliza para barrar as port -
Acordos de desistência vão decidir as eleições francesas
Os três blocos (lepenistas, macronistas e esquerdas) fecharam a última semana de campanha para a primeira volta da legislativas antecipadas em França com dois debates no espaço de 48 horas. A novidade foi a esquerda a puxar-se para o lado social-democrata. -
França avança para o desconhecido
Comum agora a quase todos os franceses, a rejeição de Macron, que aparece como um elitista, deslumbrado com a pose, indiferente à realidade da vida das pessoas. A hostilidade a Macron é um dos maiores consensos na França atual. -
O "genro ideal" da direita francesa pode bem ser o próximo primeiro-ministro de França
É provável que França antecipe as políticas radicais de Trump já daqui a três semanas, embora através de um líder com sorriso simpático e perfil totalmente oposto ao de Trump. É Jordan Bardella. Não será surpresa se no próximo 8 de julho, ele for nomeado chefe do governo francês. -
As três mulheres no grande desafio europeu
Uma é francesa, outra italiana, e também há uma alemã. Uma parte do que está em causa nas eleições europeias deste domingo passa por estas três mulheres louras. -
A "maioria Ursula" precisa de Giorgia Meloni?
Desta vez, a direita ultra, para muitos eleitores europeus, conseguiu derrubar tabus e já não aparece diabolizada. Nunca nas nove anteriores eleições, desde a primeira, em 1979, o resultado da votação europeia, sempre por sufrágio direto, teve tanta transcendência: está em causa, pela primeira vez,