O MPLA está, nestes dias tensos, a mostrar inteligência sensata: percebeu que a instrumentalização política do funeral de José Eduardo dos Santos tinha tudo para lhe resultar nociva.
Passou um ano sobre aquele 15 de agosto de 2021 em que a retirada dos últimos soldados americanos de Cabul fez o Afeganistão passar de uma frágil tentativa armada de democracia com modelo ocidental, imposta pelos estrangeiros, para a atual teocracia autoritária de tribo obscurantista.
Algumas dezenas das centenas de páginas do livro "Versículos Satânicos", que o pior fundamentalismo islâmico decidiu declarar conteúdo blasfemo, fizeram Salman Rushdie viver escondido e sob proteção policial na maior parte dos últimos 33 anos. Rushdie fartou-se de viver mergulhado no medo e começou
A trégua proposta pelo Egipto e pela ONU evitou que os três dias de sofisticados ataques desencadeados por Israel e que tiveram resposta com rockets do alvo (milícias da Jihad Islâmica) tenham instalado guerra aberta na martirizada Faixa de Gaza, que vive há 15 anos em regime de apartheid. Mas há ri
Dois veteranos da política americana, Joe Biden, 79 anos, e Nancy Pelosi, 82, são os protagonistas dos dois golpes que nestes dias pretendem colocar os EUA como mandantes na ordem mundial – ao mesmo tempo que a desestabilizam ainda mais.
Recep Tayyip Erdoğan impõe-se como o grande equilibrista, incontornável e única personagem-ponte entre as democracias liberais do Ocidente e a Rússia. É um êxito que tem substância, não apenas efeito de imagem.
O universo ideológico da direita mais dura na Europa está a dois meses de muito provavelmente passar a ter uma nova cara e uma nova voz como referencia: a italiana Giorgia Meloni. Ela prepara-se para conseguir o que Marine le Pen tenta, sem êxito, há 20 anos: liderar o governo de um dos grandes país
Putin celebrou a queda de Boris Johnson, um dos chefes de governo mais voluntariosos a armar a Ucrânia contra a agressão russa. Duas semanas depois, o Kremlin está a torcer para que nesta quarta-feira caia outro primeiro-ministro e um dos mais respeitados e robustos na Europa. Mas começa a tornar-se
Se na quinta-feira da próxima semana o fluxo de gás russo não estiver de volta à distribuição pela Alemanha, então a economia deste país vai entrar em recessão e contagiar a Europa.
A Europa está a entregar armas à Ucrânia e milhares de milhões de dólares à Rússia. É uma das contradições na atual realidade que está marcada pelo disparo da inflação nos países ocidentais em efeito de ricochete da guerra.
A notícia de que 10 senadores republicanos aceitarem legislar sobre restrições ao acesso a armas nos Estados Unidos da América tem contornos de milagre político, a cinco meses das eleições para renovação de todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes e 35 dos 100 senadores.
A antiga Birmânia é um país em guerra civil permanente que agora também envolve uma comunidade lusodescendente, os bayingyi, composta por perto de 100 mil pessoas.
A Colômbia decide daqui a três semanas se vai ter um presidente das esquerdas e ex-guerrilheiro ou uma versão local de Donald Trump. No Brasil, Lula é superfavorito para a eleição em outubro. Os últimos 12 meses na América do Sul estão a mostrar castigo dos governos alinhados à direita.
O Nobel da Paz José Ramos Horta regressou neste 20 de maio à presidência da República Democrática de Timor-Leste. No cenário mais provável, já nos próximos meses, vai empossar Xanana Gusmão – reconhecido como “pai da pátria”, o mais ouvido por todos em Timor – no cargo de primeiro-ministro.
A palavra “paz” está por agora tragicamente banida do horizonte próximo desta guerra. Considerando o grau a que o confronto chegou, o clima de hostilidade está para durar.
Apareceu na tela com o olhar cansado de quem está entrincheirado no bunker da história há já 57 dias – e, desgraçadamente, talvez tenha pela frente ainda muitos mais assim e com angústias crescentes. Sobre o tronco, veste a sempiterna T-shirt verde-militar do uniforme de combate comunicacional. Cab
A polarização extrema constatada nas urnas deste domingo mostra como a França está zangada. Mas continua a prevalecer o sobressalto anti-Le Pen que proporcionou a Macron um resultado menos apertado do que o sugerido pelas sondagens nos últimos dias de campanha e que o coloca favorito para a reeleiçã