Angela Merkel cultivou nos 16 anos à cabeça do governo a liderança em modo seguro, cauteloso, estável, previsível. É criticada por falta de políticas visionárias.
Após dois dos três debates entre candidatos a chefe do governo e a duas semanas das eleições gerais, cresce a probabilidade de, após os últimos 16 anos com Angela Merkel, a Alemanha voltar a ter um social-democrata como chefe do governo, necessariamente de coligação.
Passadas duas horas sobre o início do incontrolável pesadelo daquele dia de infâmia, 11 de setembro de 2001, para além da dor pela certeza da morte de tantas mulheres e homens, a angústia também era a de saber o que viria a seguir.
O desafio de terror do ISIS-K a praticar e exportar extrema violência cruel tem contornos muito mais indomáveis do que o de setores mais obscurantistas dos taliban cuja direção política em Cabul precisa de parecer civilizada e apresentável para merecer indispensáveis apoios internacionais. Por saber
Seria de esperar que o terramoto com magnitude 7,2, que há uma semana desmoronou tanta vida no Haiti, tivesse abalado também o resto do mundo. Mas toda a atenção no espetáculo da informação foi desviada para o Afeganistão, que antes era um outro lugar gasto e por isso desvalorizado no fluxo do embal
O que vai acontecer nos próximos tempos no Afeganistão? Vai voltar a valer a interpretação mais cruel da Sharia, como aquela que chama à lapidação de mulheres que alguém acusa de serem adúlteras ou a que faz decepar a mão de quem se presume ter roubado? As meninas vão voltar a ser proibidas de ir à
Lukashenko é o último dinossauro político que resta na Europa com modos que são os da velha ditadura soviética. Ele sobrevive no poder e pratica uma repressão cada vez mais dura e indigna porque tem o apoio de Putin.
Em dias de horizonte sem nuvens, de Kelibia, cidade costeira com belas praias no nordeste da Tunísia, avista-se a ilha italiana de Pantelária, a sul da Sicília. Avista-se, portanto, a Europa. Mas a União Europeia muitas vezes tem vistas curtas e pouco ou nada faz para impedir o colapso da única demo
Os que recusam a vacina, que rejeitam o certificado de vacinação e que não aceitam medidas preventivas como o uso de máscara, estão a roubar liberdade aos outros na comunidade. A liberdade apela à solidariedade.
Quando, na próxima sexta-feira, na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a chama olímpica entrar no estádio nacional de Tóquio o ambiente vai ser estranho, inaudito. O protocolo anti-Covid impõe que tudo aconteça sem público, portanto, que o desfile dos atletas do mundo aconteça sem vozes nem a
Devastado pela violência da corrupção, por gangues armados e até pela natureza (ciclones e terramotos), com vasta maioria dos 11 milhões de habitantes no sofrimento de absoluta pobreza, o Haiti já era um país com estado falhado e falido antes de, na semana passada, o presidente ter sido assassinado.
O 1.º de julho costuma ser dia de grande festa no Canadá, com muito fogo-de-artifício. É o dia nacional, celebra o nascimento da nação, em 1867, como Confederação Canadiana, por proclamação da rainha Vitória, soberana britânica. Neste 2021, o recolhimento substituiu a festa.
Já sabemos o suficiente para podermos concluir que a atitude de cada pessoa é determinante para conseguirmos dominar a pandemia. A máscara é maçadora, mas largá-la é perigoso. Apetece-nos abraçar pessoas que encontramos, mas este desejo pode tornar-se uma ameaça porque o vírus continua por aí.
Os indultos que concedem a liberdade imediata aos nove dirigentes independentistas catalães que o Supremo Tribunal de Espanha tinha condenado a penas entre os 9 e os 13 anos de cadeia, por si só, não resolvem o conflito de Catalunha. Mas sem estes indultos o conflito continuaria na mesma a gerar ten
Há muita gente que em França se sente excluída da democracia conduzida pelo Estado. Esse sentimento ficou evidente com o surgimento, no final de 2018, do movimento dos coletes amarelos que alastrou com fúria por toda a França. A confirmação desse desapego surgiu neste domingo com 67% do eleitorado a
Está à vista o apaziguamento do conflito catalão, embora à custa de mais dramatização da inflamação política entre os muito polarizados blocos de direita e de esquerda em Espanha.
Foi preciso esperar 100 anos para que um presidente dos Estados Unidos da América viajasse a Tulsa, Oklahoma, para homenagear os 300 afro-americanos massacrados por brancos. Tudo aconteceu após uma acusação, que depois se verificou ser falsa, de agressão sexual de um sapateiro negro a uma jovem bran
A Catalunha é uma questão que já está outra vez a meter a Espanha política e social sobre brasas. Tratar o conflito catalão requer políticos valentes, com dimensão de estadistas, capazes para se desligarem de cálculos eleitorais e abrirem a negociação. É o grande desafio para Pedro Sánchez ao ousar
Lukashenko, ao mandar um Mig-29 militar para intercetar um Boeing 737 da Ryanair e obrigá-lo a aterrar para assim apanhar e sequestrar um passageiro que não cometeu qualquer crime, mas que é um opositor, confirmou que a Bielorrússia tem um regime político intolerável e que deve ser reconhecida a raz
A carga cada vez mais pesada de bombas israelitas sobre o Hamas é um provável indicador de que o cessar-fogo nesta insensata guerra pode estar próximo. Mas o cessar-fogo não é a paz, e tudo está por fazer para evitar novos confrontos. Um dos dados novos destes dez dias de guerra é o regresso da ques
Duas eleições nesta última semana, no Reino Unido e em Madrid, ditaram estrondosas derrotas da esquerda moderada, trabalhista ou socialista. As sondagens a um ano das eleições presidenciais em França colocam Marine Le Pen com 46%, e com a vantagem de Macron (aparece com 54%) a ser sucessivamente enc
Para Isabel Diaz Ayuso, estas eleições são de tudo ou nada: se triunfar sem precisar de coligações, pode reivindicar o posto de líder da direita espanhola; se o triunfo ficar dependente da extrema-direita Vox, continua aspirante a líder das direitas, mas com prática e discurso hipotecado ao radicali