É improvável que alguma vez saibamos quanta fortuna foi gasta pela monarquia absoluta da família Al Thani para acolher ao longo destas quatro semanas o Mundial de futebol de 2022. Estima-se que está investido mais do que o custo da organização de todos as anteriores 21 edições do Mundial. É legítimo
O poder político chinês, encabeçado por Xi Jinping, está confrontado com um dilema: não quer renunciar à política “zero covid”, mas percebe que é insustentável manter em confinamento centenas de milhões de pessoas que estão furiosas.
Asra Farabi nasceu em Teerão em 1979. Tem os mesmos 43 anos que o regime teocrático fundamentalista instalado pelo aiatola Komeyny. Ela participou nos protestos de há três anos por todo o Irão contra o disparo do preço dos combustíveis e a vida com a carestia, agravada pelo embargo ocidental. O prot
A liberdade passa pela aceitação da divergência e do conflito, com respeito pelo adversário e por regras comuns. A América que respeita estes valores da liberdade mostrou que está desperta.
O resultado destas eleições e o que vem a seguir está muito incerto. O mais inquietante é o tribalismo que, com delirantes teorias conspirativas, está a pôr em causa a qualidade da democracia na América.
Tivemos os negacionistas da Covid, também os que recusam que estejamos em emergência climática. Agora, no Brasil, temos a escalada da realidade alternativa que se traduz pela rejeição da eleição como apuramento supremo de uma escolha democrática.
Um homem de uma família de migrantes hindus é, por reconhecimento de competência, o novo primeiro-ministro britânico e o primeiro não branco neste alto cargo.
Os atuais oito meses de guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia já são demasiado tempo de muito sofrimento.
Não podemos continuar espetadores passivos da escalada do sofrimento, das mortes e da devastação na Ucrânia.
A enorme bola de fogo que quebrou a longuíssima e muito vigiada ponte de Putin, a única que liga a península ocupada da Crimeia à Rússia e símbolo desse furto, dispara um receio: o de que o chefe do Kremlin, pressionado pelos ainda mais falcões do regime, em retaliação e desespero, atire a Ucrânia,
Lula recebeu 57 milhões de votos, Bolsonaro teve 51 milhões. Os quase cinco milhões de brasileiros que votaram na senadora Simone Tebet, candidata do MDB e muito apoiada pelo agronegócio vão ter muita da influência decisiva no apuramento do vencedor desta eleição, após mais quatro semanas de campanh
Os perversos cataclismos representados por partidos ultras deixaram de ser argumento barreira. A crise que a guerra precipitou está a inclinar a Europa para abrir portas à direita fora do sistema. Na Suécia, há duas semanas, embora com travões dos partidos clássicos nas direitas. Em Itália, as porta
A direita ultra tem o triunfo prometido nas eleições do próximo domingo em Itália. A mulher destinada a chefiar o governo de Roma é Giorgia Meloni, líder que reconhece ter sido magnetizada por Trump e que quer seguir a prática governativa do húngaro Orbán.
Os Windsor, omnipresentes no palco público, cultivam a sedução, levada ao máximo nos acontecimentos cerimoniais em que são insuperáveis: batizados, casamentos e funerais.
Esta mulher que agora se impõe como herdeira política da dama de ferro Margareth Thatcher, quando miúda pedia aos pais, militantes da ala esquerda do partido Trabalhista, para a levarem com eles às manifestações antinucleares
Simone Tebet tem apenas 2% das intenções de voto para as eleições presidenciais brasileiras com primeira volta daqui a 34 dias. Mas esta candidata do centro-direita (MDB) foi a melhor e mais eficaz a argumentar no primeiro debate com todos os seis candidatos.
Os serviços secretos russos FSB apareceram, em tempo recorde, a anunciar que identificaram uma 007 ucraniana como autora do atentado que matou, no sábado, nos arredores de Moscovo, Darya Dugina, comentadora numa tv russa e filha de um ideólogo propagandista da ideia da ressurreição imperial russa. T
O MPLA está, nestes dias tensos, a mostrar inteligência sensata: percebeu que a instrumentalização política do funeral de José Eduardo dos Santos tinha tudo para lhe resultar nociva.
Passou um ano sobre aquele 15 de agosto de 2021 em que a retirada dos últimos soldados americanos de Cabul fez o Afeganistão passar de uma frágil tentativa armada de democracia com modelo ocidental, imposta pelos estrangeiros, para a atual teocracia autoritária de tribo obscurantista.
Algumas dezenas das centenas de páginas do livro "Versículos Satânicos", que o pior fundamentalismo islâmico decidiu declarar conteúdo blasfemo, fizeram Salman Rushdie viver escondido e sob proteção policial na maior parte dos últimos 33 anos. Rushdie fartou-se de viver mergulhado no medo e começou
A trégua proposta pelo Egipto e pela ONU evitou que os três dias de sofisticados ataques desencadeados por Israel e que tiveram resposta com rockets do alvo (milícias da Jihad Islâmica) tenham instalado guerra aberta na martirizada Faixa de Gaza, que vive há 15 anos em regime de apartheid. Mas há ri
Dois veteranos da política americana, Joe Biden, 79 anos, e Nancy Pelosi, 82, são os protagonistas dos dois golpes que nestes dias pretendem colocar os EUA como mandantes na ordem mundial – ao mesmo tempo que a desestabilizam ainda mais.
Recep Tayyip Erdoğan impõe-se como o grande equilibrista, incontornável e única personagem-ponte entre as democracias liberais do Ocidente e a Rússia. É um êxito que tem substância, não apenas efeito de imagem.
O universo ideológico da direita mais dura na Europa está a dois meses de muito provavelmente passar a ter uma nova cara e uma nova voz como referencia: a italiana Giorgia Meloni. Ela prepara-se para conseguir o que Marine le Pen tenta, sem êxito, há 20 anos: liderar o governo de um dos grandes país