Fugir em "legítima defesa"
Edição por Alexandra Antunes
Soube-se ontem, 28 de setembro, que o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada. Mas a notícia não ficaria por aqui.
No mesmo dia, depois de dar conta ao SAPO24 que se encontrava fora do país e que não ia regressar, alongou a sua justificação para tal num texto publicado no seu blog pessoal, em que explica a fuga à justiça portuguesa.
"A minha ausência é ato de legítima defesa contra uma justiça injusta. Assumo a responsabilidade no quadro dos atos bancários que pratiquei, mas não me sujeito, sem resistência, a esta violência", escreveu.
"É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública", completou.
Recorde-se que o ex-banqueiro tem de se apresentar no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa esta sexta-feira, 1 de outubro, para ouvir as novas medidas de coação a que será submetido devido a outra condenação: em maio deste ano foi condenado a 10 anos de prisão efetiva. Se não se apresentar, o tribunal poderá considerá-lo contumaz e emitir um mandado de captura internacional.
Porém, no texto publicado, afirma que tenciona agir contra o sucedido. "Recorrerei às instâncias internacionais, pois há um Direito acima do que em Portugal se considera como sendo o Direito. Lutarei pela minha liberdade para o poder fazer", frisa.
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